Uma nova pesquisa global do LinkedIn, maior rede social profissional do mundo, revela que o Brasil se destaca como o país com os profissionais de RH mais otimistas e preparados para a integração da inteligência artificial (IA) no ambiente de trabalho. Os dados mostram que, no Brasil, eles enxergam a IA como uma aliada estratégica para aprimorar a carreira e abrir novas oportunidades. A pesquisa ouviu profissionais de 14 países – Arábia Saudita, Emirados Árabes, Austrália, Países Baixos, Estados Unidos, Índia, Singapura, França, Alemanha, Itália, Brasil, Espanha, Suécia e Reino Unido.
Para tomada de decisões de carreira importantes, como buscar uma promoção ou aceitar uma nova oferta de emprego, 44% dos profissionais de RH brasileiros que responderam à pesquisa confiam em ferramentas de IA, colocando o país em segundo lugar, atrás somente dos Emirados Árabes Unidos (58%). Essa postura proativa se traduz na prática: 46% dos brasileiros que atuam no RH afirmam usar a IA diariamente no trabalho, uma taxa significativamente superior à média global de 29% e a mais alta entre os países pesquisados. Apenas 9% dos profissionais de RH no Brasil responderam que raramente ou nunca utilizam a tecnologia.
“A pesquisa confirma que o Brasil não está apenas acompanhando a revolução da IA, mas que ocupa uma posição de liderança influenciada positivamente por uma mentalidade de proatividade e otimismo. Nossos dados mostram que os profissionais brasileiros de RH estão integrando a inteligência artificial em seu cotidiano para impulsionar suas carreiras, enxergando a tecnologia como um motor de crescimento e não como uma ameaça.”, afirma Ana Claudia Plihal, Executiva de soluções de talentos do LinkedIn Brasil.
O otimismo é a característica mais marcante. O Brasil lidera o ranking mundial: 86% dos entrevistados que atuam com RH concordam que a IA irá melhorar seu dia a dia profissional. Essa visão positiva é reforçada pela percepção de que eles já se sentem prontos para as mudanças que a tecnologia está trazendo. Mais do que dispostos a adotar a tecnologia, os profissionais de RH brasileiros – 85% dos respondentes – acham divertido experimentar o uso da IA e aprender coisas novas todos os dias, percentual superado somente pelos profissionais da área da Arábia Saudita (88%).
A sensação de ameaça também não ronda os brasileiros: 44% dos profissionais de RH entrevistados discordam que se sentem despreparados sobre como a IA pode mudar seu papel nos próximos 3 a 5 anos, somados por 25% que discordam fortemente desse ponto. Isso não significa, no entanto, que as mudanças no mercado de trabalho não sejam percebidas por esses profissionais. 63% deles identificam o ritmo acelerado da transformação, mas somente 28% se sentem sobrecarregados pela integração da IA, 9 pontos percentuais a menos do que a média global (37%). Essa diferenciação sugere que, para os profissionais brasileiros de RH, a IA é vista como um facilitador, e não como mais um fator de estresse.
A tecnologia não é encarada apenas como uma ferramenta de rascunho, mas sim como um catalisador para o crescimento profissional, que pode, inclusive, expandir oportunidades de carreira para profissionais de diversas origens e experiências: 74% dos entrevistados brasileiros que atuam na área de RH acreditam nisso (número que faz do Brasil o terceiro na categoria, atrás somente da Índia (76%) e dos Emirados Árabes Unidos (80%)).
A pesquisa foi conduzida pela Censuswide com 19.268 profissionais entre 04/07/2025 e 29/07/2025. Deste total, 3.275 são da área de RH, em regime de trabalho integral ou parcial, na Arábia Saudita, Emirados Árabes, Austrália, Países Baixos, Estados Unidos, Índia, Singapura, França, Alemanha, Itália, Brasil, Espanha, Suécia e Reino Unido . Foram incluídos 5% a 10% de respondentes desempregados, mas com busca ativa por trabalho, os EUA, Itália, Espanha e Brasil. No Brasil, 1.001 profissionais (216 profissionais da área de RH), em regime de trabalho integral ou parcial (incluindo 5% a 10% de desempregados em busca de trabalho), participaram da pesquisa, entre 03/07/2025 e 15/07/2025.
A Censuswide é membro do Market Research Society e segue os princípios da ESOMAR – European Society for Opinion and Marketing Research -, além de integrar o British Polling Council.