Levantamento da Ticket, marca de benefícios de refeição e alimentação da Edenred Brasil, com base nos indicadores da Pesquisa +Valor, aponta que o valor médio gasto pelo brasileiro em refeições fora do lar cresceu 48.3% nos últimos dez anos. Enquanto em 2013 comer fora custava cerca de R$27,40, em 2022 esse valor é quase que o dobro, com a média de R$40,64.
Ainda que quase 50% mais alto, o avanço do preço médio das refeições registrado na pesquisa poderia estar pesando ainda mais para os trabalhadores, pois está abaixo das correções inflacionárias. De acordo com dados do IBGE, a série histórica do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresenta um índice acumulado de 73,8%. Se corrigido de acordo com a inflação, a refeição completa estaria custando em média R$ 47,62 no bolso dos brasileiros. O IPCA evidencia a trajetória dos preços relativos de alimentos e serviços ao consumidor final e é o principal indicador para a taxa de inflação no País. “Isso mostra que os estabelecimentos têm se esforçado para não repassar o valor do aumento dos alimentos para o consumidor final, e o quanto se desdobraram além da diversificação e ampliação de seus canais de venda para atravessar esse cenário desafiador com os impactos da pandemia”, comenta Felipe Gomes, Diretor-Geral da Ticket.
A menor variação no preço médio da refeição na última década ocorreu na Região Norte, com aumento de 18.6%, onde em 2013 o prato apresentava o valor médio de R$30,45 e, agora, está em R$ 36,14. Pela correção da inflação, o valor atualizado seria de R$ 52,92.
Já a Região Nordeste foi a que apresentou a maior variação nos últimos dez anos, elevando o custo da refeição completa de R$ 23,74 para R$ 40,28, um aumento de 69.6%. Se o cálculo fosse realizado de acordo com o IPCA, o preço estaria em R$ 41,26.
O Sudeste apresentou o segundo maior aumento, de 43.4%, variando o preço de R$ 29,85 em 2013 para R$ 42,83 em 2022 (ou R$ 51,88, de acordo com a inflação). Na sequência, a Região Sul, com variação de 39.2%, passando de R$ 26,55 para R$ 36,97 (ou R$ 46,15 segundo o reajuste do IPCA). O Centro-Oeste, por sua vez, aparece em penúltimo lugar, com a segundo menor aumento em dez anos, de 27.3%, com o valor da refeição completa indo de R$ 26,85 para R$ 34,20 (ou R$ 46,67 com a correção inflacionária).
“A Ticket está, há mais de 45 anos, comprometida com iniciativas que visam o bem-estar e a melhora da qualidade de vida e da saúde dos trabalhadores e consideramos este levantamento fundamental para que as empresas percebam a importância dos benefícios de refeição e alimentação para os seus empregados e, as que já oferecem, possam ter um termômetro do mercado para reajustar facilmente os valores. Mais do que oferecer soluções transacionais para empresas, empregados e comerciantes, temos como objetivo incentivar a qualidade na alimentação por meio de programas de conscientização e da oferta de ferramentas que contribuem para a introdução da alimentação equilibrada e de outros hábitos saudáveis no dia a dia”, avalia Gomes.