Imóveis de 2 e 3 dormitórios foram destaques positivos em fevereiro, mês de variação negativa
O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo registrou a venda de 981 unidades no segundo mês do ano, o que representou variação de –49,1% diante de fevereiro de 2013 (1.927 imóveis) e de –4,8% sobre as 1.030 unidades escoadas em janeiro. Em valores, as vendas atingiram R$ 485,4 milhões, com redução de 48,7% sobre o volume movimentado em fevereiro do ano passado, de R$ 945,9 milhões, atualizados pela variação do INCC (Índice Nacional da Construção Civil), da Fundação Getúlio Vargas.
De acordo com o departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, os segmentos de 2 e 3 dormitórios totalizaram 87,3% das vendas no mês. As unidades de 2 dormitórios participaram com pouco mais da metade do volume escoado (56,9% e 558 unidades).
Lançamentos Residenciais – Em fevereiro, os lançamentos residenciais somaram 940 unidades, com variação de –48,2% sobre mesmo mês de 2013 (1.816 imóveis) e de 127,6% sobre janeiro (413 unidades). O volume de lançamentos expresso em valores totalizou R$ 585,1 milhões.
De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), imóveis de 2 e 3 dormitórios predominaram na cidade de São Paulo e representaram 77,3% das unidades lançadas no segundo mês do ano.
Acumulado – A comercialização de imóveis acumulada no primeiro bimestre somou 2.011 unidades na cidade de São Paulo, com recuo de 27,5% em relação igual período de 2013 (2.775 unidades). O VGV (Valor Global de Vendas) do bimestre foi de R$ 971,2 milhões, com variação de –30,0% sobre o mesmo período do ano passado, de R$ 1,39 bilhão atualizado pelo INCC. No primeiro bimestre, as vendas superaram os lançamentos em 48,6%, ou seja, em 658 unidades.
O volume de vendas apurado nos dois primeiros meses deste ano são os mais baixos desde 2004. Comportamento semelhante ocorreu com os lançamentos, que foram os menores registrados desde 2006, na comparação entre os primeiros bimestres de cada ano. “Parte deste resultado pode ser atribuída às incertezas dos empreendedores em relação aos rumos da economia. Ademais, certamente refletiu no mercado o encarecimento de terrenos em função da incidência da exigência de contrapartidas e outorgas, além dos debates acerca da apresentação do novo Plano Diretor Estratégico”, afirma o vice-presidente do Secovi-SP, Emílio Kallas.
Para o presidente do Sindicato, Claudio Bernardes, ainda é cedo para se falar em mudança de tendências. “A insegurança dos diversos setores diante da negativa percepção econômica do País, somada aos efeitos do período de sazonalidade baixa do mercado de imóveis novos, tradicional em início de ano, podem ter influenciado os resultados. Mas as nossas projeções de estabilidade para este ano, preservadas as condições macroeconômicas atuais, estão mantidas”, conclui.