Estudo da Flash aponta redução de 4 pontos percentuais em compra de fast food com vale-refeição; compras em clubes de atacado tiveram ligeiro aumento
Um levantamento realizado pela Flash, plataforma de gestão da jornada de trabalho, em sua base que conta com mais de 1 milhão de usuários, mostrou que o trabalhador brasileiro comprou menos fast food com seu vale-refeição em 2023. Em contrapartida, o consumo em clubes de atacado teve aumento médio de dois pontos percentuais nas regiões Sudeste e Sul, um ponto percentual no Centro-oeste e no Nordeste, mantendo-se estável no Norte.
Em 2022, 17% dos gastos em vale-refeição eram feitos em redes de fast food, número que caiu para 13% em 2023 (média nacional). Já as compras realizadas nos clubes de atacado cresceram 2 pontos percentuais, com salto ligeiro de 18% para 20% dos gastos em 2023.
De acordo com os dados, o Sudeste é a região em que os trabalhadores que recebem benefícios mais gastaram com fast food em 2023: 16% dos benefícios para alimentação foram utilizados nessa modalidade, enquanto em 2022, o percentual era de 20%.
No Nordeste, a queda foi a mais acentuada, passando de 13% em 2022 para 8% em 2023. Nas regiões Sul e Norte, a redução da utilização de benefícios em fast food foi de 4 pontos percentuais, de 14% e 9% para 10% e 5%, respectivamente. No Centro-Oeste, o consumo de comidas rápidas foi de 12% para 9% no período.
Segundo Gabriel Kurimori, diretor-geral da unidade de negócio de Benefícios da Flash, “a preferência pelo atacado nos cartões de benefícios flexíveis pode indicar que o trabalhador brasileiro sofreu o impacto da inflação no preço dos alimentos em 2023, embora o cenário tenha sido melhor do que no ano anterior”.
Ainda segundo os dados da plataforma, a maior parte dos benefícios em 2023 foram utilizados em compras de alimentos para consumo em casa, em supermercados (38%) e atacados (20%). A utilização em restaurantes seguiu estável em 11%.
Além dessas modalidades, os benefícios foram utilizados em lojas de conveniências e mercados especiais (7%), padarias (3%), açougues (2%) e outros (6%), percentuais que se mantiveram estáveis de um ano para outro.
“Quando observamos o comportamento na utilização dos benefícios, de maneira geral, é importante que os trabalhadores tenham uma rede de aceitação ampla, sobretudo fora do eixo Rio-São Paulo, para que possam exercer o seu direito de escolha, seja com base em preço, localidade ou variedade. Isso se torna ainda mais relevante no cenário inflacionário em que estamos, onde o poder de escolha pode significar economia e maior duração do saldo dos benefícios”, afirma Kurimori.