Os investimentos globais, o aumento de unicórnios do País e as recentes inovações no setor recolocam São Paulo no estudo internacional mais abrangente e amplamente lida do mundo sobre ecossistemas de startups “Global Startup Ecosystem Report 2019”, realizado pela Startup Genome. Para compor o ranking atual, foram analisadas mais de 40 cidades e milhares de empresas pelo mundo.
O Vale do Silício continua liderando o ranking mundial de ecossistemas por mas um ano, seguido por Nova York, Londres e Pequim empatados em terceiro, com Boston fechando o TOP 5. No ranking dos 30 maiores ecossistemas, a América do Norte segue dominando, abrigando 14 dos TOP 30 ecossistemas de startups, sendo 12 destes nos Estados Unidos.
Na lista dos ecossistemas com potencial para estar no TOP 30 nos próximos cinco anos – que estão crescendo rapidamente – há um grupo diversificado, com Lagos e Jakarta lado a lado com Moscou e Melbourne, sendo São Paulo e Canadá os representante da América. Há aglomerações urbanas gigantescas e pequenas.
Hoje, São Paulo está entre os 10 principais ecossistemas globais para talentos acessíveis, é destaque no setor saúde e um dos 30 principais ecossistemas globais de Fintech. Chegou a esse estágio, segundo o estudo, pois criou US$ 5,1 bilhões em Valor do Ecossistema com US$ 120 milhões em financiamento em estágio inicial nos últimos dois anos e meio.
Na lista dos promissores, a justaposição é um bom lembrete de que o desempenho do ecossistema de inicialização não é simplesmente uma função do tamanho da população do GPD – eles estão relacionados, mas cada uma delas tem, pelo menos um unicórnio e também características chave como liderança regional. O estudo considera também esses ecossistemas como pontos de foco principais em suas áreas do mundo, como São Paulo na América do Sul, Lagos na África e Jacarta no sudeste da Ásia; e liderança sub setorial, com ecossistemas de classe mundial em subsetores específicos, como Shelzhen tem em manufatura avançada e robótica, e Montral tem em Inteligência Artificial.
“São Paulo tem tudo que um ecossistema de startups vibrante necessidade, força de trabalho altamente qualificada, diversidade de suas indústrias, parceiros públicos e privados profundamente engajados para comunidade líder global”, pontua o presidente da Associação Brasileira de Startups, Amure Pinho.
Além da classificação dos ecossistemas, o o Genome Startups 2019 aponta caminhos e desafios para que as lideranças locais possam seguir para ter maior destaque e ganhar espaço em inovação mundial, como, por exemplo, o Brasil que precisa de políticas para aumentar o funding de startups em estágio inicial..”Nossa missão como apoiadores da Genome e como representantes do setor no Brasil é agregar e estimular o desenvolvimento de startups brasileiras, gerando eventos, conteúdo e condições para que o ecossistema nacional possa crescer ainda mais, ganhando destaque devido no mercado global”, diz.