Os resultados da 4a edição da Pesquisa de Trabalho Flexível e Remoto 2022, da Mercer Brasil, apontam que modelos de trabalho flexível e remoto ainda são tabu para as organizações brasileiras. De acordo com o levantamento, 61% das empresas não perguntaram para seus colaboradores a preferência do modelo de trabalho, e 63% dos entrevistados consideram que o trabalho remoto e flexível aumentou o turnover.
Em relação as maiores dificuldades ao trabalho flexível e remoto, 76% das empresas inidicaram ter insegurança em relação à produtividade dos colaboradores neste formato; 66% afirmaram que o excesso de reuniões está entre as principais dificuldades do trabalho remoto, e 51% apontam que têm dificuldade no acompanhamento de profissionais iniciantes na carreira (por exemplo, estagiário). Além disso, 61% consideram a aceitação da liderança como dificuldade de implantação do modelo flexível, e 52% apontam que a cultura organizacional é o maior impeditivo.
A pesquisa indicou ainda que apenas 22% das empresas fizeram algum tipo de pesquisa para entender se e como a pandemia causou impacto no bem-estar ou saúde mental dos colaboradores. Os principais aspectos encontrados foram: 86% ansiedade; 47% depressão; 36% aumento do sedentarismo; 21% compulsão alimentar; 15% aumento do consumo de bebidas alcóolicas; e 11% outros.
Realizada com profissionais de RH de 365 empresas de todos os portes, a pesquisa tem como objetivo entender como e de que forma as empresas estão adotando o trabalho remoto, quais as principais dificuldades de implementação, políticas e estratégias para o incentivo a esse formato, entre outros pontos.