A LogComex, startup curitibana que oferece inteligência por meio de Big Data para o comércio exterior, acaba de receber um aporte de US﹩ 10,3 milhões (cerca de R﹩ 53,6 milhões) em rodada série A liderada por Alexia Ventures e Igah Ventures. Também participaram da rodada a Endeavor Scale Up Ventures e os investidores atuais da companhia, Invest Tech e Caravela Capital, que aumentaram suas participações.
Prestes a realizar seu IPO, que deve ocorrer em setembro, a Invest Tech não desacelera seus investimentos. Esta foi a terceira rodada realizada pela companhia nos últimos três meses. O cofundador e CEO da companhia, Maurício Lima, reforça o foco dos investimentos em empresas que usem a tecnologia como fator crítico para a melhoria de processos, eficiência e longevidade do negócio. “O IPO deve ampliar nossa capacidade de investimento e o alcance deste foco”, afirma.
Além da LogComex, outras duas empresas foram investidas pela Invest Tech nos últimos meses. Em junho, a Uello, logtech que usa de tecnologia e rede colaborativa para oferecer serviços de frete expresso com experiência superior, concluiu sua rodada de investimento Série A com um aporte de R﹩ 17 milhões. A rodada foi liderada pelo fundo britânico Better Tomorrow Ventures (BTV) e seguida pelos fundos Capital Lab e pela Invest Tech. A startup aproveitou a onda de crescimento do e-commerce impulsionada pela pandemia para lançar novos produtos, ampliar sua área de atuação, e, com isso, ver seu faturamento crescer 4x nos últimos 12 meses.
Já em julho, a GoBots, empresa especializada no desenvolvimento de inteligência artificial para lojas virtuais, recebeu R﹩ 2,2 milhões em investimentos. A rodada de investimento seed foi liderada pela Invest Tech e complementada pela Aimorés Investimentos. Além da rodada, a GoBots foi selecionada para o programa Growth do Startup Chile, a maior aceleradora da América Latina, onde receberá o investimento adicional de R﹩ 500 mil.
Lima destaca que o ritmo de investimentos deve crescer com IPO, acompanhando a própria dinâmica do mercado. Ele lembra que muito deste crescimento deve-se ao fato de que alguns setores, que antes eram reativos ou muito lentos em relação ao uso da tecnologia, estarem agora a adotando de forma massiva. “Isso fica muito claro nas áreas de saúde e finanças, por exemplo. Além disso, assistimos a algumas quebras de paradigmas, mesmo em setores acostumados a investir em TI”, diz, lembrando que o portfólio da Invest Tech tem hoje um crescimento médio de 18% ao ano, com algumas empresas crescendo mais de 100% ao ano.