Pensando sobre upskilling – hoje e sempre

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Por Miriam Rodrigues

Termo novo, necessário e atual. Mas, afinal, do que estamos falando? E se é tão necessário e atual, como vou me posicionar a respeito?

Numa tradução livre, quando falamos de skills, estamos falando de habilidades, chamadas às vezes de competências.

Já, quando falamos de upskilling, estamos tratando do desenvolvimento de habilidades, em alguns casos, há também o entendimento de requalificação.

Como sabemos há pelo menos 3 décadas, a velocidade das mudanças, em especial as mudanças tecnológicas, tem demandado o desenvolvimento cada vez mais acelerado de novas competências e isso demonstra ser cada vez mais evidente para empresas e profissionais.

Novas formas de aprender e de trabalhar surgem com uma velocidade indescritível e sem precedentes, não sendo identificada possibilidade de um retrocesso neste cenário.

Como prever as habilidades necessárias aos profissionais daqui há 2 anos, por exemplo, se a velocidade do surgimento de novas tecnológicas não é previsível? Como pensar no desenvolvimento de competências para uma carreira, que deverá durar algumas décadas, num ambiente tão mutante, instável, desafiador, incerto?

Está posto um desafio sensível e necessário, que demandará o planejamento de ações continuadas em várias instâncias: global, nacional, regional, e que envolve, também, vários atores, como escola, empresas e líderes empresariais e os próprios profissionais.

Ter consciência a respeito deste fato por parte das instâncias e atores envolvidos, com certeza, já é um primeiro passo.

A troca de experiência em comunidades presenciais ou remotas, o “olhar glocal” (global + local), a sensibilidade e, sobretudo, a crença no aprendizado contínuo durante toda a vida, precisam estar presentes, sempre.

Como outras ondas que a humanidade viveu no passado, agora temos a real necessidade de nos reinventarmos – sem exagero – quase que diariamente. Sabemos que isso é possível porque já estamos fazendo: trabalhar sem barreiras geográficas, de – literalmente – qualquer lugar do mundo, usando sempre tecnologia a nosso favor, dentre outros exemplos, e sem nunca perder de vista nossas características empáticas, tão necessárias na lide diária com os desafios que chegam sem parar.

Sim, enfrentamos inseguranças relacionadas à empregabilidade trazidas pelo ritmo acelerado da tecnologia, inovação e globalização, isso não vai mudar no curso prazo. Vamos prosseguir, vamos nos reinventar, vamos continuar aprendendo, sempre.

Miriam Rodrigues, docente de disciplinas relacionadas ao Comportamento Humano no Trabalho na Universidade Presbiteriana Mackenzie.