Em um mundo cada vez mais conectado e competitivo, é preciso muito mais do que dinheiro para manter bons profissionais em sua empresa. Atualmente, as pessoas valorizam itens como aprendizado contínuo, troca de experiências e espaço para inovação – elementos típicos de companhias “horizontais”.
De forma geral, o conceito engloba oferecer maior autonomia para que os funcionários tomem decisões relacionadas às tarefas do seu dia a dia, sem a necessidade de submeter suas ações a vários chefes. É um contraponto à visão tradicional, com hierarquias rígidas e níveis de chefia e liderança.
A pesquisa Panorama de RH no Brasil em 2018, realizada pela plataforma Qulture.Rocks exemplifica a dificuldade das empresas em lidarem com a motivação de seus indivíduos. Ainda que 87% delas adotem práticas de gestão de desempenho, como avaliações, feedbacks contínuos e metas, apenas 37% possuem, de fato, projetos estruturados de valorização.
“O importante é que a pessoa tenha habilidades necessárias para resolver os problemas e que a empresa dê o espaço para ela atuar, a partir disso nós entendemos como centralizamos o controle dos assuntos nas mãos dos indivíduos de forma orgânica. Essa mentalidade que não coloca títulos na frente das competências permeia todos na Hash e nos permite trazer profissionais com um processo mais orgânico sem ficar preso às especificidades de um cargo, já transmitindo na prática para o candidato como é trabalhar aqui”, comenta Marco Worms, People Manager na Hash.
Ainda que existam líderes nos projetos, a responsabilidade pelo andamento deles é de quem decidiu assumir e se comprometer – e não de quem a empresa determinou. A mentalidade “horizontal” não significa ausência de centralização de decisões no caso da Hash, em cada projeto existe uma liderança que geralmente é responsável por fazer o assunto dar certo. O que os indivíduos dentro do mesmo projeto buscam é uma relação honesta e aberta com quem lidera o projeto, sabendo que todas as decisões podem e devem ser questionadas sempre que necessário.
A postura reflete na forma de contratação: Um novo indivíduo na área de tecnologia da Hash precisa, por exemplo, fazer um teste técnico, mas sem prazo para terminar. O objetivo dessa prática é contornar a natureza da avaliação técnica. Para a Hash, o importante é que o candidato realize o desafio técnico e consiga conversar sobre a solução (e nessa conversa a variável do tempo vem à tona) pois a disponibilidade de tempo de cada um pode variar muito. “Removendo o prazo de entrega e usando a análise técnica como primeiro passo nós deixamos esse processo verdadeiramente justo para qualquer um que queira tentar entrar na empresa. Normalmente, conversamos com a pessoa antes dela realizar o teste, mas já tivemos mais de um caso de sucesso em que o candidato realizou o desafio antes de falar conosco” adiciona Worms.
Além disso, a tomada de decisão é feita apenas quando as pessoas envolvidas participam dela. A prática de inclusão dos profissionais é contínua, permitindo uma troca constante de aprendizado, onde a pessoa recebe feedback sobre seu trabalho e também pode sugerir melhorias na estrutura organizacional.
Aqui na Hash trabalhamos com conhecimento, que intrinsecamente é invisível, por isso umas das nossas principais práticas de gestão é visualizar o trabalho como um todo e isso nos ajuda a compreender com clareza onde está a sobrecarga de trabalho nos indivíduos, além de facilitar a colaboração e autonomia no ambiente profissional”, complementa Matheus Marzochi, Service Delivery Manager na Hash.