Segundo dados da Barigui Companhia Hipotecária, o incremento nas operações de home equity foram de cerca de 44% em relação ao ano passado
O home equity, empréstimo com garantia de imóvel, não é a primeira opção que vem a cabeça de quem pretende contratar um empréstimo por ser pouco divulgado e por envolver o uso do imóvel para alavancar o crédito, operação que ainda tem uma barreira na cultura dos brasileiros. Mesmo assim, o home equity vem ganhando cada vez mais espaço na Barigui Companhia Hipotecária, que fechou o ano de 2015 com uma carteira de crédito imobiliária de R$ 161 milhões, incremento de 44% em relação ao ano anterior.
Desde que iniciou as suas operações com a modalidade, em 2009, a Barigui Companhia Hipotecária só contabilizou crescimento com o home equity. “A operação é uma alternativa interessante para o tomador de empréstimo por possuir prazos mais longos e juros baixos”, explica Maria Teresa Fornea, diretora da Barigui Companhia Hipotacária.
A executiva lembra que o home equity ainda enfrenta a barreira de usar o imóvel para levantar capital, algo que é bem utilizado em países como os Estados Unidos. “Ainda há esta insegurança em colocar o imóvel como garantia e o tomador do empréstimo acaba optando por uma operação com juros bem maiores, que o faz pagar diversas vezes o valor inicial só com os juros da dívida. Já no home equity, as taxas de juros giram em torno de 18,02% ao ano mais indexador, porcentagem bem inferior a outros produtos do mercado, portanto, o tomador do empréstimo consegue ter uma dívida que não comprometa tanto a sua renda”, finaliza Maria Teresa.
De acordo com o Banco Central, a linha de home equity está em R$ 15 bi. A operação é uma modalidade de crédito com uso livre, com o empréstimo podendo ser usado em qualquer finalidade. Enquanto o home equity tem taxas de juros de 18,02% ao ano mais indexador, as taxas médias do mercado para capital de giro estão em 34,17% a.a.; Crédito Pessoal, 132,91% a.a.; Cheque Especial, 226,39% a.a.; e Cartão de Crédito, 368,27% a.a.