O futuro das telecomunicações está alinhado à Inteligência Artificial

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Por Carlos Eduardo Sedeh

O futuro das telecomunicações passará pela Inteligência Artificial. Prova disso é que os computadores com inteligência preditiva e outras tecnologias mais avançadas já estão presentes no mercado de Telecom. Mas, da mesma maneira que durante a Revolução Industrial, as pessoas se perguntavam se estávamos prontos para a introdução das máquinas nos meios de produção, há quem veja o avanço da IA de maneira negativa.

Este receio aparece devido à redução, ou mesmo extinção, de empregos menos complexos e repetitivos. Estes acabarão sobrepostos pelos aspectos evolutivos alcançados com o uso da IA em massa. Mas, também é preciso olhar pelo outro lado, há aspectos positivos como computadores criando lógicas de acordo com a complexidade de um problema na área jurídica, por exemplo.

Existem, inclusive, robôs tomando decisões sobre quadros clínicos, cujo poder de acerto, em determinados casos, é muito maior do que o de um indivíduo. Ou seja, a Inteligência Artificial pode e vai ajudar na longevidade do ser humano.

Na área de Telecomunicação, que tem o atendimento como um dos principais centros de custos da operação em larga escala, a IA permitirá diminuição de gastos e elevará a qualidade. Isso porque, hoje, as empresas não têm mão de obra suficiente e, muitas vezes não conseguem dar a resposta para o cliente no momento em que ele precisa.

Suas aplicações em Telecom serão essenciais também no que diz respeito às fraudes. As operadoras terão informações ainda mais detalhadas e amplas sobre o perfil de uso de um cliente, podendo evitar qualquer tipo de atividade fora do padrão. Outros pontos importantes serão a interconexão e a telefonia, que irão dispor de sistemas com decisões melhores e mais rápidas, ampliando a qualidade do serviço.

Tudo isso que está acontecendo dará a oportunidade, também, de se investir nas novas qualificações. As pessoas aprenderão a fazer programação na escola, tornando este conhecimento, no futuro, algo tão indispensável quanto matemática e português.

Existem formas, no entanto, de atrasar esse avanço como a criação de regulamentação que proíba o uso da tecnologia em determinadas áreas ou que adote posturas de defesa e reserva de mercado. Contudo, não há como pará-la, a IA é um fenômeno global.

As empresas de telecomunicação, por sua vez, devem contribuir com o avanço desta tecnologia, primeiramente, planejando-se e entendendo a melhor utilização em seu ramo de atuação.

A Megatelecom busca formas de participar ativamente dessa revolução, tornado a estrutura da fibra ótica pronta e convergente para suportar essas aplicações, além de investir em interconexões diretas para baixa latência e em aumento da capacidade de transmissão das redes por meio do investimento permanente em equipamentos.

Isso porque a empresa acredita que esse modelo irá prosperar devido à facilidade e a nova fronteira de aplicações que proporcionará aos usuários. A utilização em larga escala deve acontecer entre 10 e 15 anos e será fundamental para o mercado de telecomunicações. Então, as empresas que não estiverem acompanhando esse processo perderão competitividade, e os que não tomarem a decisão de acompanhar essa evolução, poderão ficar para trás, dificultando a atualização de seu modelo de negócios no futuro.

Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom, empresa que oferece serviços personalizados na área de telecomunicações.