Empregos gerados, mercado aquecido, muitas oportunidades. Cenário perfeito para investidores e investimentos. O que é um mercado de capital de risco vem sendo visto como uma nova possibilidade para ventures.
Engana-se quem pensa que apenas investidores arrojados estejam animados com o potencial da indústria criativa. Vale lembrar que há décadas bancos como Itaú vem apostando nesse nicho. Um Boletim de Economia Criativa pautou ainda em 2022 a imprensa sobre o crescimento do setor. No mercado global, a área dobrou nos últimos 10 anos.
Players novos do mercado financeiro estão começando a apresentar resultados e atrair mais investimentos. É o caso da fintech liderada por Igor Bonatto, a Noodle. A empresa, aberta em 2020, encontrou uma lacuna, já que “a maior queixa do setor é a dificuldade de acesso à capital”.
“Não é comum capital de risco privado entrar na economia criativa, e como resultado, projetos proeminentes acabam “engavetados”. É difícil para as empresas de pequeno e médio porte da economia de criadores terem acesso a linhas de crédito para viabilizar projetos. No cenário repleto de adversidade – principalmente nos últimos 6 anos pelo qual o setor passou, temos o desafio de impulsionar a indústria criativa, trazendo soluções voltadas para esse nicho”, comenta Igor, CEO da Noodle, cujo propósito é potencializar as empresas que estão por trás dos talentos, ou seja, selos, gravadoras, distribuidoras, associações, editoras, produtoras e até equipes de gamers.
A fintech atua para suprir essa demanda por meio de um ecossistema de soluções financeiras, oferecendo ferramentas como pagamentos internacionais, split de royalties, conta digital e linhas de crédito. Para 2023 a expectativa é movimentar cerca de R＄ 300 milhões, 43% a mais do que comparado aos R＄ 130 milhões de 2022.
Vislumbrando o potencial do mercado, a SRM Ventures aportou R＄ 15 milhões para expandir as operações da fintech. Além desse aporte, a Noodle recebeu a adição de mais R＄ 2 milhões, entre sócios e outros investidores, como a Honey Island Capital, braço de investimentos do Ebanx.
“O mercado de entretenimento no Brasil tem um potencial grande a ser explorado. Por isso, ter uma startup que possa oferecer soluções para este segmento é muito engrandecedor. Queremos fazer parte dessa jornada para possibilitar que a Noodle cresça ainda mais com a nossa parceria”, diz André Szapiro, Head da SRM Ventures.
A parceria entre Noodle e SRM Ventures já impulsionou o empreendimento a conseguir alcançar de forma significativa, um setor que necessita profundamente de investimento para se manter. Além de já trabalhar com nomes renomados da indústria musical, como KondZilla e PineappleStorm, a Noodle já impacta mensalmente cerca de 50 mil criadores e pretende ampliar sua atuação atingindo gamers, youtubers e influencers.
“Nossas soluções vêm sendo procuradas por diferentes segmentos da economia de criadores. Está claro que o sistema financeiro tradicional não foi projetado para acompanhar um mercado tão único e dinâmico. E por estes negócios serem majoritariamente digitais, estamos conseguindo embarcar novos públicos rapidamente”, adiciona Igor.