No Dia Internacional do Coworking, confira as vantagens do modelo de trabalho híbrido, que une o melhor do escritório e do remoto

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Por Lucas Mendes, diretor-geral da WeWork no Brasil

Em todo o mundo, as empresas estão repensando a forma como trabalham. A gravidade da pandemia de Covid-19 alterou as rotinas que estavam estabelecidas e, abruptamente, nos inscreveu em um experimento global de trabalho remoto. Nunca vimos nada parecido acontecer antes, com milhões de empresas migrando seus colaboradores para suas casas em questão de dias, acelerando uma mudança que deveria acontecer ao longo de anos ou até mesmo décadas. Os resultados desse projeto piloto forçado foram inesperados, mas encorajadores. 

No Dia Internacional do Coworking, celebrado em 9 de agosto, após mais de um ano e meio de pandemia, a tendência que ganha é a do trabalho híbrido. Nesse esquema, os funcionários têm a opção de trabalhar em um escritório central, em casa, ou dividir seu tempo entre os dois. Além disso, há também a opção de trabalhar de onde a pessoa tiver vontade: de um café, da casa de alguém da família e, é claro de um espaço de coworking. As opções são infinitas e dependem apenas de conexão à internet, na maior parte dos casos.  

Pesquisas que escutam empresas e profissionais já refletem a consolidação do modelo. Dados da empresa de pesquisa Gensler, indicam que, apesar dos profissionais afirmarem que trabalhar em casa seja mais confortável e produtivo, muitos deles gostariam de trabalhar em um escritório três ou mais dias por semana. A própria WeWork promoveu estudo nos EUA que descobriu que 75% dos profissionais abririam mão de pelo menos um benefício em troca da liberdade de escolher seu ambiente de trabalho. Esses dados são internacionais, mas pesquisas feitas aqui no Brasil por empresas como Microsoft, IDC, e IBM também revelam o mesmo cenário. 

Contudo, o retorno aos escritórios não será parecido com o da vida corporativa que tínhamos há dois anos. Em um espaço de trabalho flexível, como os oferecidos por coworkings, os colaboradores podem escolher a área que melhor se adapta ao tipo de tarefa que precisam fazer no momento, seja focar em uma empreitada em uma área tranquila ou fazer um brainstorming casual regado a café com os colegas. 

No Brasil, várias empresas já estão se preparando para colocá-lo em prática de maneira massiva e permanente, conforme seus colaboradores sejam vacinados e possam voltar a frequentar as dependências da empresa e de espaços flexíveis de maneira totalmente segura.  

Este modelo de trabalho veio para ficar, permitindo que os profissionais se sintam livres para escolher como, quando e onde querem realizar determinadas tarefas. A WeWork sempre operou assim, até pela facilidade que nossos colaboradores têm de trabalhar da nossa sede ou de uma unidade mais perto de sua casa ou de onde eles quisessem. Assim como outras empresas que são sinônimo de inovação, como Twitter, Microsoft e Facebook, para citar apenas alguns exemplos, abraçamos o padrão flexível e ajudamos a consolidar a tendência porque vimos alguns benefícios, que são potencializados nos coworkings: 

  • Aumento de produtividade.Sem jornadas cansativas até o escritório, os profissionais têm mais tempo e disposição para se focarem em suas tarefas. 
  • Bem-estar e motivação dos colaboradores.O fato de colaboradores poderem trabalhar como e onde quiserem tem um impacto positivo em seus níveis de satisfação, já que eles conseguem conciliar melhor as obrigações pessoais e familiares com as profissionais.  
  • Custos mais baixos.O modelo flexível ajuda a reduzir o custo do aluguel, material de escritório e de outras despesas comerciais, já que o número de pessoas que os escritórios precisam acomodar simultaneamente diminui. 

É claro que toda inovação tem dois lados e as empresas precisam também levar em conta os desafios do modelo híbrido, como a sobrecarga dos colaboradores (que tendem a extrapolar o expediente remotamente) e a dificuldade de promover a cultura e os valores de uma marca quando as pessoas não estão no mesmo lugar ao mesmo tempo. No entanto, políticas de RH fortes e uma liderança empática, humanizada e atenta são o caminho para minimizar impactos negativos, especialmente aqueles na saúde mental dos profissionais. 

Nos próximos meses, veremos empresas testando, revendo, consertando e encontrando seu próprio equilíbrio e o significado que “trabalho híbrido” tem para elas. Dependendo das necessidades de cada companhia e de cada pessoa, seja ela uma mãe ou um pai com muitas obrigações pessoais, ou um jovem que precisa conciliar estudos e trabalho, esse arranjo será diferente. No entanto, o denominador comum será flexibilidade, colaboração e geração de novas ideias e os coworkings são espaços ideais para que essas características se desenvolvam.