Movimento maker prevê nova revolução industrial

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A cultura maker (Do It Yourself / DIY ou faça-você-mesmo) ganhou força nos últimos dez anos, com ferramentas de projeto gratuitas, impressoras 3D que facilitam a produção de protótipos e tecnologias que viabilizam projetos que antes eram complexos demais para um amador. Nos Estados Unidos, 135 milhões de adultos fazem algum tipo de atividade DYI, atualmente. “Quase toda garagem americana é uma mini-oficina”, disse o mineiro Manoel Lemos, fundador da Makers, em palestra na HSM ExpoManagement, em São Paulo (SP).

Lemos começou a programar computadores com 8 anos de idade e, por isso, acredita que as ações DIY sempre existiram, “pois o homem cria coisas desde a sua existência”. Segundo o empreendedor, o brasileiro, em especial, é um maker por necessidade – “sempre tem que fazer o máximo com o mínimo recurso”, justificou. Nessa cultura, o que antes era hobbie vira um negócio viável e o homem usa o tempo ocioso para fazer o que gosta e ainda ganhar dinheiro.

De acordo com Lemos, os interesses dos makers são muito variados – vão da marcenaria à robótica. No Brasil, o movimento ainda está no início. Em 2013, Lemos criou o site Fazedores, com o objetivo de reunir os interessados e difundir os conceitos da cultura maker. “Foi o início de um ecossistema que cresce rapidamente no país”, afirmou. Para se ter uma ideia, o Fazedores registrou no Brasil 1 makerspace (um espaço com ferramentas necessárias para os makers construírem seus protótipos) em 2010. Em 2015 já são 51 em todo o país. “Isso mostra que o Brasil tem um mercado potencial gigantesco”, afirmou Lemos.

O empreendedor compara o movimento maker com a Revolução Industrial e afirma que a produção industrial está se transformando com a “Maker Revolution”. Segundo Lemos, as principais mudanças são:

1. Protótipo – deixa de ser demorado e caro e passa a ser rápido e barato, com o advento das impressoras 3D e Arduino.

2. Pesquisa – era cara e imprecisa. Hoje, com ferramentas como Catarse e Kickstarter, o processo passa a ser eficiente e efetivo.

3. Marketing – ou era caro, ou muito caro. Com blogs e redes sociais, passou a ser social e eficiente.

4. Produção – deixa de ser cara e complexa e, com a cultura DYI, passa a ser feita em pequenos lotes, sob medida e flexível.

5. Distribuição – de cara e complexa, passa a ser sob medida e eficiente, com o advento do e-commerce e do M-commerce.

6. De quem – antigamente, apenas grandes empresas produziam. “Hoje sou eu, você e todo mundo”, afirma Lemos.

7. Para quem – “o processo industrial era feito em larga escala, para muita gente. Agora é para quem quiser, trabalhando com nichos ou com a massa.”

Fonte: Central Press,em cobertura especial para a Posigraf na HSM ExpoManagement

O HSM ExpoManagement é o maior evento de gestão da América Latina, que acontece de 9 a 11 de novembro, no Transamérica ExpoCenter, em São Paulo (SP). Com 150 horas de conteúdo em mais de 120 sessões e 16 mil participantes, o evento traz aoBrasil pensadores de maior repercussão na atualidade, como Malcom Gladwell,Clayton Christensen, Dan Ariely, Daniel Goleman, Ellen Langer, Eric Ries, Marc Goodman, Paul Krugman e Abilio Diniz. No evento, a Posigraf convida os participantes a conhecerem o sistema de Geomarketing que vem utilizando como diferencial para empresas do varejo. A ferramenta auxilia a detectar nichos de mercado e pontos de presença e influência dos estabelecimentos – o que colabora para a definição de metas de vendas e a atratividade de consumo no varejo.

Sobre a Posigraf

Atuando há mais de 40 anos no mercado, a Posigraf, gráfica do Grupo Positivo, é uma das maiores gráficas da América Latina. Instalada em uma área de 50 mil m2, a companhia tem um centro de distribuição em São Paulo, representações em todo o Brasil e Mercosul e atende clientes nos Estados Unidos, Japão e Europa. Seuportfólio de serviços compreende a produção de livros didáticos e publicações especiais, tabloides e materiais promocionais, além de revistas e periódicos.