Mercado second hand é novo target de marcas de luxo

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Gucci, Burberry e Stella McCartney são alguns dos gigantes da moda que já entraram nesse empório em ascensão

De acordo com um levantamento das Organização das Nações Unidas (ONU), a moda é responsável por 8% das emissões de gases-estufa na atmosfera da Terra. Além disso, é o segundo maior consumidor global de água e grande poluidor de ecossistemas, despejando, a cada ano, mais de 500 mil toneladas de lixo sintético nos mares, rios e oceanos. Sem falar nos cerca de US﹩ 500 bilhões de roupas e acessórios que vão parar em lixões e aterros do planeta anualmente.. Preocupadas com sustentabilidade e cada vez mais adeptas do consumo consciente, as grandes marcas do mundo fashion têm aquecido o mercado de segunda mão ao redor do mundo. A mais nova player deste tipo de negócio é a Gucci que anunciou sua parceria com a The RealReal.

Para Carol Esteve, fundadora e CEO da plataforma Buy My Dress, esse é o futuro da grande maioria das lojas icônicas. “As grandes marcas já notaram a importância da sustentabilidade na nossa sociedade e isso é cada vez mais visível. O mercado de segunda mão oferece diversas vantagens e que vão muito além só da questão sustentável. Com essas parcerias é possível fidelizar clientes, oferecer créditos em venda (gerando fluxo de vendas nas lojas físicas), amplia o fluxo do ciclo de vida das peças que não ficam simplesmente paradas dentro do armário. Ganha a marca, ganha o marketplace e ganha o consumidor“, explica a empresária.

Além da Gucci, marcas como Channel, Luis Vitton e Prada também aderiram ao movimento. Esse target pode-se explicar também pelo fato de que o re-commerce valerá quase 50% mais do que o tradicional segmento de compra de peças novas, segundo levantamento da GlobalData. “Os principais fatores que favorecem o segmento de peças second hand: preços mais baixos e em boa qualidade, alta variedade e sustentabilidade. A gente percebe que esse mercado só tem a crescer, cada vez mais” finaliza Carol.