Órgãos reguladores, ambientalistas e investidores de todo mundo acompanharão mais atentamente as ações das empresas para combater as mudanças climáticas e gerenciar os problemas sociais. Segundo o relatório ESG Sob Tensão, do Thomson Reuters Institute, à medida que mais corporações busquem compensar as emissões de carbono haverá uma aceleração no uso de créditos de carbono, criando um mercado estimado em US$ 50 bilhões até 2030 e, possivelmente, 100 vezes mais em 2050.
Um crédito de carbono é um termo genérico para qualquer certificado ou licença negociável que represente o direito de emitir uma determinada quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. Eles se tornaram uma maneira cada vez mais popular para as empresas cumprirem suas metas de emissões declaradas.
Os reguladores, bem como os entusiastas de créditos de carbono voluntários, têm sido claros ao quanto o uso de créditos de carbono deve ser adicional — e não um substituto — para os esforços das empresas em reduzir suas pegadas de carbono. Os planos de transição energética ajudarão as empresas a identificarem se o uso de créditos de carbono é desejável, já que há riscos consideráveis associados ao seu uso, e que eles têm uma história um tanto controversa, com muitos se tornando fraudes.
“O ESG não representa apenas um risco regulatório e reputacional para as empresas, hoje não podemos ignorar que ele pode afetar tudo, desde o modelo de negócios, a estratégia, a atração e retenção de talentos, até o acesso ao investimento e impacto nas demonstrações financeiras. Portanto, alinhar as operações aos critérios de ESG é essencial para garantir o futuro dos negócios”, disse Adrián Fognini, Managing Director da Thomson Reuters para a América Latina.
Nas considerações finais, o relatório ESG Sob Tensão alerta que os eventos climáticos extraordinários, que ocorrem em todo o mundo, são um lembrete muito potente das responsabilidades que o governo e a comunidade empresarial têm com a redução das emissões de carbono — e a velocidade é essencial.