Mercado brasileiro de impressoras mantém crescimento em vendas e receitas no segundo trimestre de 2023, revela IDC Brasil

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O faturamento do mercado brasileiro de impressoras fechou o segundo trimestre de 2023 com aproximadamente R$ 860 milhões, alta de 26% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi novamente estimulado pela normalização dos estoques do varejo e pelo aquecimento do segmento corporativo. Para chegar a esse crescimento, foram comercializadas 615 mil unidades, um aumento de 14% na mesma comparação. Os dados fazem parte do estudo IDC Brazil Quarterly Hardcopy Tracker Q2/2023, da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

Segundo Lucas Caumo, analista de Consumer & Commercial Devices da IDC Brasil, os meses de abril, maio e junho foram bastante positivos para o segmento e refletem uma retomada iniciada no começo de 2023. “O segundo trimestre desse ano encerrou com ótimos resultados. Tal qual nos meses anteriores, destacamos a disponibilidade dos varejistas para manterem seus estoques devidamente reabastecidos e o comportamento do setor corporativo, que se organizaram para normalizar e tornar saudáveis suas reservas de materiais e renovação de equipamentos ao longo desses seis primeiros meses.”

De acordo com o estudo da IDC Brasil, com exceção das impressoras do tipo cartucho, que tiveram resultado negativo, todas as demais categorias tiveram um crescimento expressivo no segundo trimestre de 2023 quando comparadas ao mesmo trimestre do ano passado. De abril a junho de 2023, foram vendidas cerca de 392 mil impressoras jato de tinta (+27%), 103 mil a laser (+32%), 117 mil de cartucho (-22%) e 1 mil matriciais (+68%). De todas essas, 550 mil, ou 89,4%, eram de modelos multifuncionais, resultado 11% maior do que que no ano anterior.

As vendas para o mercado corporativo cresceram 20% no ano contra ano alcançando o volume de 225 mil impressoras no segundo trimestre, cerca de 20% a mais do que em 2022. Em termos de receitas, o segmento movimentou R$ 473 milhões (+46%). Já o varejo consumiu 389 mil unidades, um aumento de 11% em relação ao ano anterior, resultando em uma receita total de R$ 387 milhões (+8%).

Em relação aos modelos dos equipamentos, o mercado corporativo demandou impressoras mais robustas, com alta tecnologia, enquanto o varejo optou por impressoras tipo jato de tinta. “O B2B permanece aquecido desde o começo do ano. As empresas estão, cada vez mais, voltando para os escritórios, e isto gera uma renovação dos seus equipamentos. O Very Large Business foi o que mais cresceu, com destaque para modelos de alto valor agregado. Normalmente, são as empresas com maiores números de funcionários, que demandam impressoras mais robustas, com alta tecnologia”, avalia Caumo.

O preço médio dos equipamentos ficou em torno de R$ 1.330, sendo que a faixa de R$ 1.000 a R$ 1.200 foi a mais vendida, representando 60% do volume de vendas do período. “As impressoras dessa faixa de preço se encaixam tanto para o mercado corporativo quanto para o varejo. São os modelos jato de tinta, cada vez mais demandados pelos consumidores”, explica o analista.

Projeção para os próximos meses

Para a IDC Brasil, a expectativa é que o mercado tenha um crescimento conservador, que não ultrapasse um dígito, no ano de 2023, quando será possível analisar a tendência para o ano seguinte. “Entendemos que a normalização dos estoques se encerrará agora no segundo trimestre. Por isso, os próximos meses serão cruciais para definirmos em que patamar o mercado irá permanecer. Se, de fato, as vendas voltarão aos níveis pré-pandemia ou se o setor irá buscar um novo nível em termo de unidades”, destaca Caumo. “Nesse momento, a expectativa para o ano que vem é otimista, se não em unidades, em receitas, já que o alto investimento das empresas na criação de software inteligentes aumenta o valor agregado dos equipamentos e gera uma demanda por tecnologias mais atuais”, finaliza.