Não é de hoje que o mercado pet vem ganhando grande relevância no cenário de consumo tanto nacional como global e, quando falamos especificamente do Brasil, vemos que esse segmento tem crescido de forma acelerada. Com o objetivo de compreender como esse setor tem evoluído e mostrar de que forma as startups têm contribuído com inovações para trazer cada vez mais soluções para esse segmento, a Liga Ventures , plataforma que transforma inovação aberta em resultado real, acaba de lançar, em parceria com a Petz – maior pet center do Brasil, o Liga Insights Pet Techs.
De acordo com dados da Euromonitor Internacional, o Brasil é atualmente o segundo maior mercado de produtos pet com 6,4% de participação global, perdendo somente para os Estados Unidos, detentor de 50% dos negócios nesse segmento. Além disso, se trata de um cenário com forte resistência à crise – prova disso é que não foi afetado pela pandemia da COVID-19 e, segundo pesquisa do Instituto Pet Brasil, somente em 2020, faturou aproximadamente R﹩ 40 bilhões, apresentando um crescimento de 13,5% em relação ao ano de 2019.
Já quando falamos do ecossistema de startups e inovação, um relatório da Tracxn aponta que de 2015 a 2020, foram gerados, ao todo, US﹩ 1,9 bilhões em investimentos em startups do segmento pet. Ao todo, 408 startups receberam recursos no período, com pico no ano de 2017, em que foram captados US﹩ 443 milhões de fundos. Apesar da evolução do mercado no último ano, o estudo aponta que ainda existe um grande terreno para ser conquistado no mercado brasileiro pelas startups, que ainda se apresentam de forma tímida no setor.
Outra iniciativa da Liga Ventures, de entendimento do setor, foi o mapeamento realizado por meio da Startup Scanner, ferramenta que monitora constantemente as startups em diversos segmentos. Segundo dados da ferramenta, o país possui, neste momento, 135 Pet Techs ativas, que se dividem em 10 categorias de aplicação.
Entre as diferentes categorias mapeadas estão Alimentação Animal (17,78%), com startups com soluções alternativas para a alimentação de pets; Plataformas de Serviços (14,81%), com soluções para facilitar o gerenciamento de ofertas de serviços como banho, hospedagem, veterinário, entre outros; Comunidades PET (13,33%)com soluções e ferramentas que auxiliam na gestão de empresas do mercado pet; E-commerce de Produtos Pet (9,63%), com marketplaces para comercialização de produtos pet; e Novos Produtos (9,63%), com startups com foco no desenvolvimento próprio de novos produtos para animais de estimação.
Para Raphael Augusto, diretor de inteligência de mercado da Liga Ventures, o setor pet ainda está em fase de amadurecimento e descoberta, construindo os primeiros grandes casos de disrupção com uso de alavancas digitais, pautados principalmente no conhecimento de mercado dos empreendedores.
“Hoje temos um cenário bastante favorável para todos os tipos de interações, sejam as de fomentos de negócios em estágio inicial; a alavancagem de startups mais validadas e até a aquisição daquelas já consolidadas. Mesmo que ainda estejamos em uma fase inicial quanto ao surgimento de inovações do setor no país, este cenário pode ser impulsionado muito rapidamente com o estímulo e aproximação dos atores de destaque no segmento pet, que podem liderar a mudança trabalhando em conjunto com os novos empreendedores”, finaliza.
Confira o estudo e o mapa completos de Pet Techs aqui .