KPMG: 80% dos CEOs de consumo e varejo apostam no crescimento dos negócios

Compartilhar

Mais de 80% dos CEOs do setor de consumo e varejo disseram estar confiantes em relação às perspectivas de crescimento das próprias empresas e 59% deles afirmaram estar otimistas quanto ao crescimento econômico. É o que diz a 10ª edição do estudo “CEO Outlook: Consumer & Retail 2024” feito pela KPMG com 1.325 executivos globais. A publicação registrou dados sobre o enfoque, as estratégias e táticas de planejamento dos empresários.
 

Neste ano, os três principais desafios observados no estudo por CEOs do setor de consumo e varejo incluem incerteza econômica (58%), complexidades geopolíticas (53%) e a adoção da inteligência artificial generativa (48%). No que se refere aos obstáculos, as convicções dos empresários quanto ao crescimento setorial foram de 81% .

“No Brasil, os empresários de consumo e varejo têm mostrado preocupação com a economia, principalmente, com a escalada na taxa de juros, com as próximas ações dos governos relacionadas com cortes de gastos e com a geopolítica, além das exigências dos clientes que estão particularmente altas. Essas empresas enfrentam situações locais e também são afetadas por forças globais enquanto lidam com consumidores altamente polarizados”, explica o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, Fernando Gambôa.

Impacto da inteligência artificial e ESG no consumo:

O conteúdo evidenciou ainda que as organizações do setor de consumo e varejo seguem na corrida para implementação da inteligência artificial generativa nos negócios: 84% dos CEOs afirmaram que parte da regulamentação sobre o tema deve incluir compromissos climáticos; 81% reconheceram a importância dessa tecnologia como uma área-chave de investimento, particularmente, em vendas e marketing; 67% disseram estar confiantes que terão retorno sobre os investimentos entre três e cinco anos; 61% identificaram os desafios éticos como algumas das questões mais difíceis de serem abordadas quanto à aplicação desse recurso nas empresas.

De acordo com a pesquisa, os participantes entenderam que o domínio sobre os fatores sociais, ambientais e de governança (da sigla em inglês, ESG) é essencial para as operações, estratégias e confiança do público. Os dados sobre o tema foram os seguintes: 74% deles afirmaram que esses princípios estão totalmente incorporados às empresas; 63% disseram estar confiantes em zerar as emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2030; 44% informaram que a estratégia corporativa utilizada tem impacto no relacionamento com o cliente e reputação da marca; e para 51%, o progresso é lento com relação às questões de diversidade e inclusão.

“Endereçar as questões ESG, assim como as da tecnologia, não é mais algo opcional no setor de consumo, mas algo esperado. A pesquisa revelou que essas duas estratégias são prioridades pelo menos a curto prazo para os empresários brasileiros também, principalmente, para os que atuam em áreas como o de bares e restaurantes e que lidam diretamente com o consumidor”, destaca a sócia-diretora líder do segmento de alimentos e bebidas da KPMG no Brasil, Adriana Stecca.