Levantamento revela como a Inteligência Artificial está aumentando a experiência do torcedor, ao mesmo tempo que reduz gastos das organizações. Relatório ainda traz exemplos de casos de sucesso globais no segmento
A Globant, empresa nativa digital especializada em reinventar negócios por meio de soluções tecnológicas inovadoras, divulgou um novo relatório que examina o impacto da Inteligência Artificial (IA) no setor de mídia e entretenimento esportivo. Este documento revela que, apesar dos desafios enfrentados na adoção da IA, as organizações ao redor do mundo estão integrando essa tecnologia para aprimorar suas operações e a experiência dos usuários.
O crescimento da tecnologia é evidenciado em pesquisas. Segundo dados da consultoria Allied Market Research, o mercado de mídia e entretenimento deve superar US$19,2 bilhões até 2030. Além disso, a empresa de capital de risco Andreessen Horowitz publicou que as companhias gastaram, em média, US$7 milhões em IA Generativa (GenAI) em 2023.
Mesmo com a evidente ascensão de investimentos, o relatório revela que o setor ainda enfrenta barreiras significativas para a implementação de tecnologias emergentes. Dentre os principais motivos estão o receio das empresas em lidar com dados e a sobrecarga de recursos, além da possível perda de vantagem criativa.
Nesse sentido, essa informação é revelada em uma pesquisa feita pela PwC, afirmando que 59% das organizações esportivas ainda não possuem uma estratégia de adoção de GenAI em suas operações.
“No entretenimento de esportes, à medida que as organizações buscam modernizar operações e enriquecer a experiência dos fãs, a pressão para incorporar a IA se torna cada vez mais presente. No entanto, as mesmas empresas enfrentam desafios consideráveis para essa evolução, como a integração de sistemas desatualizados e a defasagem na adoção da IA”, observa Pablo Peranzola, vice-presidente de Tecnologia do Estúdio de Mídia e Entretenimento da Globant.
Soluções tecnológicas e casos de sucesso
Em contrapartida aos receios dessas organizações, o mesmo estudo realizado pela PwC aponta que empresas que adotam recompensas personalizadas podem gerar de quatro a sete vezes mais receita do que aquelas que optam por interações genéricas. Além disso, a pesquisa ainda indica que conteúdos com mais apelo emocional são cinco vezes mais eficazes para engajar torcedores ao conteúdo.
“Esses dados revelam a urgência da necessidade do setor de esportes reforçar a inovação e a adaptação em um ambiente com torcedores que buscam esse tipo de emoção”, disse Peranzola.
A partir desse ponto de vista, casos de sucesso no uso da IA já estão surgindo globalmente e destacam o potencial transformador dessa tecnologia. Um bom exemplo é o sistema criado pela Sportian, divisão esportiva da Globant, para a La Liga, campeonato espanhol de futebol masculino, que gerou uma solução GenAI voltada para o engajamento dos torcedores.
Por meio de um ecossistema digital unificado capaz de realizar análises em tempo real, a Sportian desenvolveu uma solução que otimiza as operações, aprimorando as experiências dos torcedores e o desempenho em campo. Esse sistema promoveu um entretenimento esportivo de ponta, impulsionando o uso do aplicativo em 30% e integrando desde experiências de conteúdo até interações em tempo real com os fãs do esporte.
Além disso, em parceria com grandes instituições como a liga profissional de esporte eletrônico Pro League, a liga de rugby Major League Rugby e o campeonato de motovelocidade MotoGP, a Sportian desenvolveu um sistema que melhora a estratégia de marketing de empresas do setor. Criada para apoiar as organizações a preverem a demanda por ingressos, a solução auxilia as entidades a ajustarem preços ao mesmo tempo em que maximizam a ocupação dos estádios, a fim de reduzir possíveis prejuízos.
Para além do esporte, a Globant desenvolveu uma ferramenta chamada Advanced Video Search (AVS), que utiliza Inteligência Artificial Generativa com a plataforma Google Cloud para revolucionar o setor de mídia. Essa solução processa vídeos sob demanda e identifica contextos e detalhes específicos que podem ser utilizados de forma estratégica, permitindo que as empresas de mídia tenham insights rápidos e precisos sobre o conteúdo dos vídeos e, ajudando a melhorar a experiência dos espectadores de maneira mais eficiente.
Diante aos avanços registrados nos últimos tempos, Peranzola reflete que a revolução da IA no setor de mídia e entretenimento, em especial no esporte, não é apenas uma possibilidade, mas uma realidade em ascensão. “Aqueles que não se adaptarem a essa nova era poderão se ver em desvantagem, enquanto os que abraçam a mudança se destacam em um ambiente altamente competitivo e dinâmico”, conclui.
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