Investimentos em abertura de empresas chegam a R$152 bilhões em 2021, segundo estudo

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Um estudo realizado pelo Empresômetro Inteligência de Mercado, plataforma de business intelligence que oferece soluções estratégicas para o mercado B2B e B2G, aponta que foi investido pelas novas empresas no período de janeiro-agosto de 2021 o valor de aproximadamente R$ 152 bilhões, com acréscimo de R$ 44,98 bilhões em relação ao mesmo período de 2020, o que significa um crescimento de 42,03%. As microempresas tiveram o maior percentual de aumento no valor dos investimentos (98,72%), seguidas pelas pequenas empresas (56,65%), empresas de médio porte (36,99%) e empresas de grande porte (33,47%).

Segundo o head de estudos do Empresômetro, Gilberto Luiz do Amaral, o crescimento se manteve no início do segundo semestre, meses de julho e agosto, acompanhando a tendência de crescimento do primeiro semestre. “Apesar da inflação em alta e uma série de questões econômicas adversas é possível notar este crescimento nos investimentos e no número de novos negócios em todo o Brasil. Se considerarmos apenas as empresas de grande porte, foram investidos mais de R$ 64,3 bilhões de reais na abertura de mais de 7.800 novos negócios até o mês de agosto. Isso mostra que a abertura de empresas segue em crescimento, como aconteceu no acumulado do primeiro semestre do ano, reforçando a confiança dos empresários com a recuperação econômica”, ressaltou.

A seguir é possível notar a variação de crescimento do investimento nas novas empresas em relação ao último ano:

Novos negócios

O número de novas empresas abertas de janeiro a agosto de 2021 é o maior dos últimos quatro anos. Este crescimento acontece em todos os portes de empresas, em todas as Unidades Federativas (UFs) e em todos os ramos de atividade. O levantamento incluiu também as novas filiais de empresas já existentes.

Foram criados 884.635 novos negócios empresariais, sendo 7.837 de grande porte (faturamento acima de R$ 100 milhões/ano), 105.281 de médio porte (faturamento entre R$ 10 e 100 milhões/ano), 464.585 de pequeno porte (faturamento entre R$ 1 e 10 milhões/ano) e 306.932 microempresas (faturamento anual entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão/ano). No levantamento não foram considerados os Microempreendedores Individuais (MEIs). 

O crescimento no número de novos negócios em relação ao janeiro-agosto de 2020 foi de 50,35% e em relação ao mesmo período de 2019 foi de 51,54%.

Crescimento regional

O Estado de São Paulo somou a maior quantidade de novas empresas no período de janeiro-agosto de 2021, com 256.726 empreendimentos, um crescimento de 46,47% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em seguida, o Estado de Minas Gerais criou 89.328 novos negócios, com crescimento de 53,59% em relação ao mesmo período de 2020. Em terceiro lugar, o Estado do Rio de Janeiro gerou 64.232 novos empreendimentos, com variação positiva de 61,05%.

Na tabela abaixo é possível observar o crescimento por UFs e um comparativo com os anos anteriores. 

Crescimento por ramo de atividade

Os dois setores que mais abriram negócios no período analisado no estudo foram o de Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo, com 22.429 empresas, e o de Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios, com 18.121.

“O estudo mostra um cenário de perspectiva positiva com o cenário econômico nacional. A abertura de novas empresas em diversos ramos de atividade representa a geração de novos empregos, que podem proporcionar mais poder de compra para a população que estava desempregada. Desta forma é possível promover um aquecimento da economia, com mais dinheiro circulando na compra de produtos e serviços que antes não estavam sendo adquiridos, devido ao desemprego”, destacou head de estudos do Empresômetro.

Na tabela abaixo é possível verificar os setores que lideram a abertura de negócios e um comparativo com os anos anteriores: