Por Christian Rempel, consultor de varejo da Logicalis
Um dos temas que tira o sono de gerentes e diretores das redes varejistas é o horário de abertura das lojas, uma vez que isto impacta não só nas vendas, mas também nas entregas dos sortimentos nos PDVs. O reflexo no funcionamento dos estabelecimentos impacta inclusive no faturamento das lojas e, por isso, é extremamente importante ter um controle rigoroso desse processo.
Como é impossível ser responsável por mais de um estabelecimento e abrir pessoalmente todos eles no mesmo horário, é comum que esta ação seja realizada por funcionários das filiais. E, para acompanhar esse processo à distância de forma a garantir que o mesmo aconteceu na hora correta, a maioria das empresas se baseia no horário da primeira compra registrada no caixa. Porém, quem garante que ela não foi realizada muito tempo após a abertura da loja ou até mesmo antes, por um dos colaboradores que já estava lá?
Outro motivo para ter um controle preciso da abertura das lojas é o impacto no recebimento de produtos. Em muitas cidades, a circulação de veículos pesados só pode ser feita em horários específicos – geralmente no início do dia ou à noite. Imagine se acontecer algo com o funcionário responsável e ele não conseguir chegar a tempo para receber a mercadoria? A viagem será perdida e, muitas vezes, a distribuidora não consegue voltar ao local no mesmo dia por restrições de trânsito, fazendo com que o estabelecimento opere sem um ou mais produtos, o que pode, inclusive, impactar nas vendas.
Para contornar estes problemas, a solução pode ser mais simples do que se imagina: sensores. Estes dispositivos, conectados à internet, conseguem monitorar, coletar dados e realizar medições dos mais diversos tipo, desde o controle de portas até número de pessoas nas lojas, horários de pico e tempo de retenção, entre outras. Todas essas informações são enviadas para a nuvem e os dados gerados podem ser aplicados em diversas situações e auxiliar na tomada de decisões.
No caso da abertura de portas, por exemplo, o sensor instalado nelas pode enviar dados em tempo real para os responsáveis que, mesmo à distância, conseguirão rastrear o horário e toda a movimentação do estabelecimento, garantindo que os processos estão sendo feitos como pré-determinado. Quando o assunto é o recebimento dos produtos, os dispositivos permitem compartilhar informações com as distribuidoras, que podem desenhar as rotas de entrega de acordo com as unidades que já estão em funcionamento. E, caso aconteça algum problema com a abertura de uma das lojas, o motorista pode modificar a trajetória, evitando assim, perder tempo e a entrega.
Quando começamos a analisar as dores dos varejistas, percebemos que as possibilidades que estes dispositivos oferecem são inúmeras: otimização de tarefas, redução de custos, aperfeiçoamento de gestão, melhoria na tomada de decisão e aumento das vendas. Resolver uma questão unânime, como a abertura dos estabelecimentos, com a utilização de sensores nas portas é a apenas uma das inúmeras possibilidades viabilizadas por eles. As tecnologias estão cada vez mais evoluídas e o uso de sensores e de internet das coisas (IoT) no varejo oferece um mundo de possibilidades.