Indústria usa desintermediação para driblar os efeitos da inflação

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Digitalização e venda “direct to consumer” foram maneiras que o setor encontrou para evitar que alta de preços fosse repassada ao consumidor

A crise econômica e o cenário de aumento de preços do país impactaram todos os setores, sendo um dos principais deles o varejo. Hoje, acumulada em 10,74%, a inflação é uma das vilãs que contribuem para a diminuição da margem de lucro e redução no volume de vendas das indústrias, interferindo até mesmo na queda da negociação, por não oferecer um preço final competitivo. Para frear esse cenário adverso, o setor está se valendo de algumas metodologias, entre elas a digitalização e o modelo “direct to consumer” (D2C), por meio dos quais é possível driblar os altos custos que são normalmente gerados ao longo do processo.
 

Com uma forte digitalização, o D2C ajuda a estruturar processos administrativos de operação para pular etapas, aumentando a eficiência e até mesmo gerar novos modelos de negócios. Por esse método de venda direta ao consumidor, as comercializações são feitas entre a indústria e o cliente final, otimizando todos os processos da cadeia e recuperando parte das perdas financeiras decorrentes da crise e da escalada nos preços. “Esse modelo aperfeiçoa os processos por inteiro, permitindo inclusive que se recupere até 30% da margem de perdas financeiras”, diz Fábio Fialho, VP de marketing e vendas da Infracommerce, maior ecossistema omnichannel independente da América Latina.
 

O D2C aliado à tecnologia de ponta permite às marcas e indústrias terem controle sobre suas jornadas, gerando assim mais eficiência e agilidade em todo o processo. Muitos analistas inclusive já apontam que esse ecossistema de soluções digitais integradas e complementares, que a indústria vem adotando, é um modelo que veio para ficar, porque além de ajudar com a redução de gastos, ele ajuda a evitar repasses de preços ao consumidor.
 

No caso da Infracommerce, toda essa digitalização rendeu 86 novos contratos fechados nos últimos seis meses, além de redução de custos, uma vez que os preços foram contidos sem repasse ao consumidor, mantendo a mesma margem operacional. Vale destacar ainda que os 13 centros de distribuição e 17 dark stores que a companhia possui estão posicionados em pontos estratégicos do Brasil e ajuda a vencer um dos principais gargalos do país, a logística, oferecendo aos seus mais de 400 clientes ampla capilaridade nacional. “A tendência de uso da tecnologia está em nosso DNA e veio para otimizar processos e facilitar toda a cadeia, antes manual e hoje caminhando para a customização. A indústria se deu conta de que o D2C permite oferecer qualidade de serviço com menor custo para o consumidor final”, completa o executivo.