Indústria brasileira de Defesa discute maior presença no mercado internacional

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O Brasil tem uma ativa indústria da defesa e os números atestam isso. Só em 2014, por exemplo, o faturamento do setor foi de aproximadamente R$ 200 bilhões, representando 3,7% do PIB. Segundo informações da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), o setor emprega 150 mil trabalhadores e, para cada R$ 1 investido no segmento, o governo arrecada R$ 0,55 em impostos, índice acima da média nacional.

Mesmo com os bons resultados internos, a meta é, no entanto, tornar o país um dos cinco maiores players de defesa do mundo. O Instituto de Pesquisa sobre a Paz Internacional de Estocolmo, na Suécia (Sipri, em inglês), aponta que o Brasil, entre 2001 e 2015, colocou-se como o 25º maior exportador de produtos de defesa na lista da entidade.

O desafio é grande, mas o potencial também, já que a base industrial de defesa brasileira é composta por áreas que exigem alta tecnologia tais como sistemas eletrônicos e sistemas de comando e controle, plataformas militares naval, aeroespacial e terrestre e propulsão nuclear. Vale lembrar que algumas tecnologias que hoje são parte do dia-a-dia de civis foram desenvolvidas para fins militares como forno de microondas, GPS ou mesmo as câmeras digitais.

E como tornar, então, a indústria nacional mais competitiva e com presença no mercado internacional? Estas são questões que fazem parte do V Seminário de Defesa LAAD, encontro que acontece de durante a LAAD Defence & Security 2017, em Abril, no Rio de Janeiro e abordará temas como “Estratégia para a Implementação de Acordos de Compensação (Offset) nas Aquisições Internacionais” e o “O Braço Empresarial das Forças Armadas e o Papel da Indústria de Defesa na Economia Globalizada”.

“Discutir a participação da indústria brasileira no comércio mundial de produtos de defesa é um aspecto importante, tanto do ponto de vista estratégico quanto econômico, uma vez que o setor emprega cerca de 150 mil trabalhadores com um salário médio de R$ 4.100, enquanto a média nacional é de R$ 1.943,00”, observa Sergio Jardim, diretor geral da Clarion Events Brasil, organizadora do evento, pontuando informações divulgadas recentemente pela ABIMDE.

Os outros temas que compõem a programação do V Seminário de Defesa LAAD são: “Atuação das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO)”, “Guerra Híbrida no Contexto Brasileiro”, “Os Projetos Estratégicos de Defesa das Forças Armadas”, “Política Nacional de Inteligência (PNI) e SISBIN”, “Segurança das informações nas transmissões e as evoluções com o novo Satélite de comunicação e defesa brasileiro” e “Ampliação da Projeção do Brasil no cenário internacional por meio da Cooperação Militar”.

Já confirmaram presença no seminário o superintendente do DGEPEM (Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha), contra-almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar; o general de Divisão da Reserva do Exército Brasileiro, Carlos Alberto Silva Pinto; Antonio Jorge Ramalho da Rocha, da Escola Sul-Americana de Defesa da Unasul; o vice-chefe de Logística do Ministério da Defesa, general Adalmir Manoel Domingos; o comandante do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), coronel Carlos Augusto Ramires Teixeira; o coordenador geral para Assuntos de Defesa do Ministério das Relações Exteriores, coronel Hélio Franchini Neto; e o general da Primeira Divisão do Exército, Mauro Sinott Lopes.

A programação completa do V Seminário de Defesa pode ser consultada em http://www.laadexpo.com.br/files/forms/v-seminario-defesa-laad-2017.pdf

LAAD Defence & Security 2017 – Feira Internacional de Defesa e Segurança

Data: 04 a 07 de abril
Local: Riocentro – Av. Salvador Allende, 6.555 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ
Horário da Exposição: 04 a 06 de Abril – das 10h às 18h / 07 de Abril – das 10h às 17h
Horário dos Seminários: 04 de Abril – das 14h às 17h / 05 e 06 de Abril – das 10h às 17h