A Ilha Fotovoltaica Seguidora Solar, que utiliza a tecnologia batizada de Sistema Flutuante Apollo, entrou em operação em Campinas há quatro meses. Com tecnologia de última geração, a usina utiliza painéis solares bifaciais que acompanham o movimento do sol, girando de Leste para Oeste a fim de maximizar a geração de energia.
Durante o uso, a Ilha leva oito horas para girar 180% acompanhando o sol e ao final do ciclo retorna à posição original para esperar o sol nascer novamente na manhã seguinte. O retorno à posição original é feito em apenas um minuto.
O flutuante super tecnológico e insubmergível conta com módulos bifaciais de 690 Wp, coeficiente de temperatura reduzido, encapsulamento mais resistente à unidade e que pode chegar, até 90% de bifacialidade e albedo de no mínimo 17%. A característica de poder produzir energia pela parte traseira, que é o albedo, fez com que o sistema encolhesse muito de tamanho, de 10 mil para sete mil metros.
De acordo com José Alves Teixeira Filho, diretor presidente da Apollo Flutuantes, líder do consórcio que opera a Ilha Fotovoltaica Seguidora Solar, um dos propósitos do projeto é servir como piloto, fazendo demonstrações da ilha padrão desenvolvida e patenteada pela Apollo.
“Única e exclusivamente para usinas fotovoltaicas flutuantes é permitido você ter grandes usinas instaladas, como por exemplo uma de 300 MW em um lago. Você tem esses 300 MW fatiados eletricamente em 300 saídas de até 1 MW e pode vender essa energia como GD e não ter que participar de um leilão para vende-la. Então, você pode oferecer essa energia direto para o cliente final, o que é vedado para instalações no solo. Só instalações flutuantes permitem isso, o que propicia um maior ganho econômico para quem vai explorar usinas flutuantes”, explica ele.
“Só para vocês terem ideia está uma obra de R$ 2 bilhões está com um payback menor do que três anos. Não existe payback tão curto para obras dessa magnitude. Então hoje, a vantagem das usinas flutuantes é exatamente por causa da queda de um desses vetos presidenciais que permite hoje ter se uma usina de GC enorme e vender a energia como GD”.
Os equipamentos de última geração fornecidos pelos parceiros do consórcio são fundamentais para o sucesso da instalação. Um bom exemplo são os inversores solares da SMA utilizados na Ilha Flutuante Seguidora Solar, com modelos compatíveis com o nível de corrente elétrica dos módulos fotovoltaicos de última geração empregados no projeto, além de serem equipamentos de longa vida útil e resistentes ao ambiente de intenso calor e umidade.
De acordo com Matheus Imperato, da Ideatek Service Solar, Service Partner da SMA no Brasil desde 2015, “a tecnologia da SMA é a prova do futuro. Os equipamentos são lançados hoje, pensando no amanhã. Não é à toa que os nossos inversores podem ser usados nestes cenários, já que a alta corrente de entrada do nosso inversor permite a utilização de novos módulos de maior potência no futuro. É o tipo de inversor que você vai comprar uma vez e não vai precisar mais se preocupar”.
Já Teixeira destaca a confiabilidade do inversor solar da SMA como a principal vantagem para esse caso de uso em usinas flutuantes, quando a umidade relativa do ar ultrapassa 90%. “Escolhemos os produtos mais confiáveis do mercado para a nossa instalação. O objetivo é escolher os melhores produtos do mercado, para que daqui a 20 ou 30 anos, continuam funcionando sem problemas”.
Uma versão menor do sistema será apresentada para interessados em outubro, durante o evento 360 Solar, que acontece em Florianópolis nos dias 26 e 27 de outubro. Durante o evento, os participantes poderão conhecer e até dar uma volta em uma Ilha Fotovoltaica Seguidora Solar, equipada com inversor da SMA, com cerca de 25m² em uma piscina semiolímpica anexa ao centro de convenção.