IDC: mercado de tablets teve crescimento de 3% em relação ao primeiro trimestre de 2016

Compartilhar

Durante o segundo semestre de 2016, o mercado de tablets voltou a apresentar taxas de crescimento em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados do estudo IDC Brazil Tablets Tracker, realizado pela IDC Brasil líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. No período, foram comercializados 860 mil equipamentos, incluindo os notebooks 2 em 1, ou seja, 3% a mais do que no primeiro trimestre.

“A expectativa é de que o mercado continue apresentando taxas elevadas nos próximos trimestres, principalmente por conta do Dia das Crianças e do Natal. O público infantil é o foco dos fabricantes que apostam em modelos cada vez mais personalizados para uma faixa etária que ainda não utiliza o celular. Além disso, a Black Friday também deve vir com bons preços e promoções”, conta Wellington La Falce, analista de mercado da IDC Brasil.

O ticket médio dos tablets, em 2015 era de R$ 428. Neste ano, está em torno de R$ 443. “Com a estabilidade do dólar, os preços devem ficar mais atrativos. Porém, estamos falando de um equipamento que depende muito do câmbio. Então, nossa previsão para este ano é de uma elevação de aproximadamente 17% no valor investido para adquirir o produto”, completa o analista da IDC Brasil.

Quando comparado o segundo trimestre de 2016 com o mesmo período de 2015, o mercado de tablets apresentou queda de 32%. Segundo La Falce, a categoria perdeu espaço para os smartphones com tela grande. “Antes, o tablet de 7 polegadas era padrão e os smartphones tinham 4 polegadas. Hoje, os celulares têm telas maiores e se tornaram mais atrativos. Houve uma canibalização dos tablets, já que não conseguimos mais justificar a compra de dois aparelhos tão similares. Além disso, muitos fabricantes abandonaram o Brasil. Atualmente, apenas três marcas concentram 75% de todo o mercado”.

Ainda de acordo com o estudo da IDC, em 2016 devem ser comercializados 4 milhões de dispositivos, ou seja, 30% a menos do que em 2015. Já para 2017, a expectativa é de que a categoria atinja 3.6 milhões de produtos vendidos.