Se existe hoje um mercado que está em crescimento contínuo e acelerado no Brasil é o de tablets. Segundo a IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, somente no segundo trimestre de 2012 foram comercializadas 606 mil unidades do dispositivo no país. A previsão é de que até o fim do ano o número chegue à marca de 2,6 milhões de aparelhos e de que até 2013 sejam vendidos 5,4 milhões.
Quando comparado com o mesmo período do ano passado, o crescimento é de 275% “Apesar da desaceleração da economia ter afetado o mercado de PCs, os tablets mantiveram o ritmo acelerado de crescimento. É um número recorde impulsionado pela grande quantidade de dispositivos com preços inferiores a R$1 mil introduzidos no mercado. O sucesso da categoria atraiu novos fabricantes, principalmente originados da China e com uma especificação técnica limitada”, diz Attila Belavary, analista de mercado da IDC Brasil.
O grande volume de modelos com preço de entrada também afetou nas dinâmicas de tamanhos de tela e configurações dos tablets. Atualmente, metade dos tablets comercializados tem um tamanho de tela de 7 polegadas e, desses tablets, apenas 20% possuem a conectividade 3G embarcada no dispositivo “Na hora da compra, a sensibilidade de preço do consumidor brasileiro é o principal responsável pelo aumento das vendas nos tablets com tamanhos de tela menores e sem a conectividade 3G. Em tablets mais baratos, o adicional do 3G é mais perceptível ao consumidor que acaba optando pelo dispositivo apenas com Wi-Fi.” declara o analista da IDC.
No ranking mundial, o Brasil saltou da 17ª posição, que ocupava no segundo trimestre de 2011, para a 11ª no mesmo período de 2012. Na comparação de desempenho dentre os países do BRIC, o Brasil ficou na 3ª colocação, à frente apenas da Índia. “A popularização dos tablets no Brasil deve acontecer em paralelo ao mercado de computadores e lhe garantir uma entrada nas dez primeiras colocações do ranking mundial até o final do ano. Em países onde o mercado de computadores é mais maduro, há maior adoção de tablets.” completa Belavary. No Brasil são vendidos quatro notebooks para cada tablet. A mesma comparação nos Estados Unidos, revela que para cada notebook vende-se um tablet.
A IDC acredita que ainda existe e continuará existindo um mercado em potencial para os mais diversos tipos de dispositivos, sejam eles os desktops, notebooks, ou tablets. Na comparação, hoje são vendidos no Brasil: 5 tablets, 11 desktops e 17 notebooks por minuto ”As pessoas continuam comprando e utilizando computadores junto de outros dispositivos complementares. Os tablets são a preferência para tarefas voltadas ao consumo de conteúdo, como navegação na internet ou acesso a vídeos, livros e músicas. Cada produto é melhor para uma determinada função e o usuário dividirá o seu tempo de utilização entre todos eles. O maior impacto será na extensão do tempo de vida dos computadores, que serão menos utilizados para tarefas de consumo e mais utilizados em tarefas para criação de conteúdo dentro do seu ambiente de produtividade” finaliza o analista da IDC.
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