A IBM, parceira fundadora do programa Call for Code, e a David Clark Cause, juntamente com os parceiros humanitários Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e a Cruz Vermelha Americana, anunciam as soluções vencedoras do primeiro desafio global Call for Code.
Call for Code é uma iniciativa de 30 milhões de dólares com duração de cinco anos que conta com o apoio da The Linux Foundation, VC Partner New Enterprise Associates (NEA) e mais de 80 instituições comerciais, humanitárias e acadêmicas, que desafia desenvolvedores e cientistas de dados a criar soluções técnicas escaláveis para os principais problemas sociais que o mundo enfrenta hoje. Em 2018, o desafio foi planejar e responder de forma eficiente aos desastres naturais.
O vencedor do prêmio de 200 mil dólares foi o Projeto OWL, que significa “Organization, Whereabouts, and Logistics (Organização, Localização e Logística). Ela conta com uma infraestrutura de comunicação off-line que fornece a socorristas uma interface simples para gerenciar todos os aspectos de um desastre. A rede física (chamada clusterduck) é formada por dispositivos móveis (ducks) que criam uma malha capaz de enviar comunicações baseadas em fala, utilizando sistemas conversacionais para um aplicativo central. Este aplicativo, que é o sistema de gerenciamento de incidentes de software OWL, usa análise preditiva e várias fontes de dados para criar um painel para os socorristas.
“Uma vez que esta rede de ‘ducks’ é implementada e posteriormente agrupada, os usuários podem acessar os dispositivos por meio de uma interface totalmente intuitiva e contatar os socorristas com uma lista de informações essenciais para eles”, explica Magus Pereira, membro da equipe OWL.
A solução utiliza as mais recentes APIs de IBM Watson Studio, serviços de Watson AI e APIs de Weather Company – todas construídas em IBM Cloud.
“Ao longo de sua história, a IBM apostou na habilidade de pessoas curiosas para melhorar a humanidade com tecnologia inovadora. Além disso, desde a colaboração em Linux e Java até Kubernetes e Hyperledger, a IBM acredita fortemente na importância de trabalhar de forma aberta para que todos possam se beneficiar das melhores ideias “, afirma Bob Lord, Chief Digital Officer da IBM. “Hoje, com a capacidade de processamento de dados em escala com segurança, utilizando ferramentas sofisticadas como inteligência artificial, cloud, blockchain e IoT, os desenvolvedores estão liberando o poder do código aberto da IBM para promover mudanças rapidamente, em mais lugares e de maneiras mais significativas do que nunca”.
O Projeto OWL será implementado pelo IBM Corporate Service Corps. Os membros da equipe, que são de Nova York e da Carolina do Norte, nos EUA, terão a oportunidade de apresentar o projeto para a empresa de venture capital NEA e pleitear um potencial investimento na ideia.
Outros projetos finalistas
Ao ver os danos causados pelo terremoto de 2015 no Nepal, a equipe Post-Disaster Rapid Response Retrofit (PD3R ) de Katmandu e Bogotá, Colômbia, que ficou em segundo lugar, criou uma solução para fornecer às famílias deslocadas acesso imediato aos conselhos de engenharia após um desastre natural. Sua solução é baseada em IA, ensinada por imagens modelo em 3D.
A equipe de São Francisco, Lali Wildfire Detection, criou uma solução para prever a propagação de incêndios florestais em tempo real com o uso de redes de sensores. Inspirado pela experiência em primeira mão de um colega de equipe, que cresceu em meio a incêndios no Equador, o Projeto Lali ficou em terceiro lugar.
O PD3R e o Project Lali receberam, cada um, 25 mil dólares. As três soluções vencedoras também receberão suporte de código aberto de longo prazo da The Linux Foundation.
Mais de 100.000 desenvolvedores e cientistas de dados de 156 países participaram do Call for Code Challenge, criando mais de 2.500 aplicativos.
Entre os jurados do desafio, estão o ex-presidente norte-americano Bill Clinton; Jim Zemlin, diretor executivo da The Linux Foundation; Kate Gilmore, Deputy High Commissioner do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas; Dr. Irwin Redlener, diretor do Centro Nacional de Preparação para Desastres do Earth Institute of Columbia University; Deborah Dugan, diretora executiva RED e Grace Kim, líder de design e pesquisa no Twitter.