Humildade e resiliência para superar "apagão" na carreira

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Uma meta não atingida, um resultado abaixo do esperado ou um desempenho tão negativo a ponto de entrar para a história, marcando toda uma equipe de profissionais, antes considerada altamente qualificada em sua área de atuação. Seja no ambiente corporativo, seja no campo de futebol, a exemplo do que aconteceu com a seleção brasileira na recente goleada para a Alemanha na Copa do Mundo, o fato é que apagões na carreira são mais comuns do que se imagina.

“Momentos profissionais difíceis todos nós temos ou teremos um dia. A dinâmica da vida profissional é intensa e o que está perfeito hoje, pode não estar amanhã. O que funcionou um dia, pode não funcionar em outro”, afirma Marcelo Braga, sócio da Search Consultoria em Recursos Humanos.

Para o especialista, o mais importante nesses momentos é conseguir identificar o que poderia ter sido feito de modo diferente, onde ocorreram as falhas e onde estão as oportunidades de melhoria. “Só depois de reconhecer que houve falhas é que será possível estabelecer um plano de ação para não repetir o erro novamente”, explica Braga.
Na opinião do consultor, comparando com a seleção brasileira, a comissão técnica foi vitoriosa em 2002, vencendo a Copa de forma invicta. Após 12 anos, porém, conquistou todos os recordes negativos da história do futebol. “A comissão técnica insiste em dizer que repetiu ou até foi além do que foi feito em 2002 ou na Copa das Confederações, sem assumir os pontos fracos. Com pensamentos é improvável reverter situações. É preciso reconhecer onde falhou, pois não é possível não ter havido falhas e somente méritos por parte dos adversários com os resultados obtidos.”

Humildade, segundo o especialista, será fundamental para a recuperação da equipe e início do processo de mudança. “Depois que passar esse primeiro momento de impacto, força de vontade, estabelecimento de pequenas metas e disciplina para executar as atividades serão igualmente importantes. Resiliência, que é a capacidade de resistir a momentos difíceis, é uma palavra-chave neste processo”, completa Braga.