Uma das maneiras mais eficientes de se contratar um executivo com o perfil não só técnico, mas também comportamental e cultural da empresa, é apostando no conhecimento de um headhunter para fazer a busca. Essa prática vem se consolidando bastante nas últimas décadas no Brasil e cada vez mais vem causando uma grande competitividade entre os profissionais da área. A pergunta que fica é – além de competir, é possível que eles colaborem entre si em um trabalho para o mesmo cliente?
O mercado de headhunters surgiu há mais de 50 anos nos Estados Unidos e na Europa, mas a sua proliferação em nosso país tem se dado de maneira mais marcante desde o final da década de 90. A ascensão das multinacionais deste setor no país fez com que a procura por esses profissionais especializados em recrutamento crescesse paralelamente.
Pelo lado dos produtores de serviço da cadeia de recrutamento, há os atuam autonomamente e os que trabalham por meio de consultorias de recrutamento nacionais ou multinacionais de pequeno, médio e grande porte. Para o mercado comprador do serviço, tal concorrência é muito vantajosa, pois aumentam as opções de escolha e, em tese, há uma competitividade maior no que diz respeito ao preço. Por outro lado, muitas vezes a qualidade do serviço oferecido também diminui e muitos profissionais menos qualificados e inexperientes, acabam se lançando no mercado.
Procuro sempre dizer que para um headhunter se destacar dos demais e desenvolver seu papel com excelência é obrigatório ter uma visão analítica de negócios. No momento em que recebe um desafio de buscar no mercado um profissional, é mais que necessário que o recrutador tenha capacidade de enxergar além do que está na descrição do cargo. Toda cadeira vazia traz em suas entrelinhas uma realidade do negócio a sua volta, com desafios de curto, médio e longo prazo a serem executados. Naturalmente, também existe uma cultura daquela empresa a ser entendida.
Além das questões macro, que são necessárias em todo bom recrutador, claro que há alguns pré-requisitos técnicos que não se pode abrir mão, como por exemplo, extrema capacidade de realizar uma boa entrevista por competências, facilidade de comunicação e conhecimento muito refinado do segmento de mercado para o qual ele contrata (não é um mercado muito generoso com os generalistas).
Outra competência fundamental que tende a ganhar cada vez mais importância é a habilidade interpessoal, uma vez que além de construir laços de confiança com seus clientes e candidatos, modelos colaborativos de negócio têm desafiado o status quo deste setor, como por exemplo o marketplace d’hire, que lançamos recentemente. Pela primeira vez estamos falando de uma solução na qual o contratante tem mais de um especialista trabalhando simultaneamente, como um time para solucionar seu problema, como todos sendo recompensados financeiramente por isso. É uma mudança grande de mindset: de concorrentes a aliados, atuando de forma conjunta em busca não só de agilidade, como principalmente de assertividade. O futuro do mercado de recrutamento definitivamente chegou.
Rafael Meneses, sócio e fundador do d´hire, primeiro marketplace de executive search do Brasil a apostar na expertise e processo colaborativo entre headhunters