Governo intensifica presença no Twitter

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A Burson-Marsteller, agência global líder em relações públicas e public affairs, divulgou os resultados do Twiplomacy, estudo anual que analisa a influência e a atividade dos principais líderes mundiais no Twitter. O estudo apontou que, desde o ano passado, o governo brasileiro tem buscado aumentar sua participação na rede social como uma forma de estabelecer um diálogo mais próximo com a população, facilitar a identificação do público com os órgãos governamentais e responder aos protestos que tomam conta do país desde junho de 2013. Após três anos sem atividades na rede social, a presidente Dilma também decidiu retomar sua atividade no Twitter por meio do perfil @Dilmabr, em setembro de 2013.

O Ministério das Relações Exteriores alterou o nome do seu perfil na rede de @mreBrasil para @ItamaratyGovBr, facilitando a identificação dos usuários. Foi criado um perfil para a Casa Civil, o @casacivilbr, e os perfis @ImprensaPR E @BrazilGovNews, seguem relatando atividades do Governo.

O @imprensaPR, perfil criado em 2010 com o objetivo de divulgar notícias governamentais durante o governo Lula, está sendo usado para publicar discursos e reportar compromissos da presidente Dilma. A conta @BrazilGovNews, pertencente ao Secretariado de Comunicação da Presidente, utiliza o perfil como um newsfeed e divulga as principais notícias do Governo Federal. A presidente tem 91,3% dos seus tweets retweetados por seus mais de 2,2 milhões de seguidores e aumentou sua frequência de posts para 1,10 tweets por dia.

O Twiplomacy busca identificar razões pelas quais os líderes globais usam o Twitter e como eles se conectam com seus seguidores. Em junho de 2014, a Burson-Marsteller analisou 643 contas governamentais em 161 países, revelando que mais de 83 por cento dos governos de países membros da ONU têm presença no Twitter e 68 por cento de todos os chefes de Estado têm contas pessoais na rede social. Do ano passado para cá, houve um crescimento de 28 por cento no surgimento de novas contas governamentais, com o intuito de concentrarem esforços para se aproximar de pessoas ao redor do mundo.

“A terceira edição do Twiplomacy evidencia a crescente preocupação do poder público em dialogar e ser transparente com a população. Essa é uma tendência mundial que se reflete no Brasil”, comentou Francisco Carvalho, presidente da Burson-Marsteller no país. Paula Bakaj, diretora de relações governamentais da agência, comentou que as redes sociais devem ter um papel crucial nas eleições de outubro. “Elas oferecem um canal direto de comunicação entre candidatos e eleitores”, comentou.

Até junho de 2014, o Twiplomacy identificou os líderes globais com maior número de seguidores na rede: o Presidente dos EUA Barack Obama (@BarackObama) com 43 milhões de seguidores, o Papa Francisco (@Pontifex) com 14 milhões, o Presidente da Indonésia Susilo bambang Yudhoyono (@SBYudhoyono), Primeiro Ministro da Índia, Narendra Modi (@NarendraModi) e a Casa Branca (@WhiteHouse), com aproximadamente 5 milhões cada. Dentre todos, o Papa Francisco (@Pontifex) é o líder mais influente do Tweeter, com cada tweet retweetado mais de 10,000 vezes.

Outros dados revelados pelo estudo:

– O Governo brasileiro está presente no Twitter por meio dos perfis @dilmabr, @imprensaPR, @BrazilGovNews, @ItamaratyGovBr e @CasaCivilBr.

– A conta da Presidente Dilma (@DilmaBr) tem 1772 tweets, com uma média de 1,10 tweets por dia. O @ImprensaPR tem 3198 tweets com uma média de 4,52 tweets por dia, o @BrazilGovNews tem 2787 tweets, o @ItamaratyGovBr tem 3197 tweets e a @CasaCivilBr tem 2337 tweets.

– Dos governantes do G20, dezenove têm presença oficial no Twitter, e seis dos líderes do G7 tem uma conta pessoal.

– Barack Obama foi o primeiro líder a ingressar no Twitter em 5 de março de 2007, na época em que ainda era senador.

– Até junho de 2014, todos os líderes globais juntos enviaram 1.932.262 tweets, o que resulta em uma postagem média de 4 tweets por dia.

– Muitos políticos usam o Twitter somente durante campanhas eleitorais, abandonando o perfil com o término das eleições. A presidente do Chile, Michelle Bachelet, abandonou sua conta @PrensaMichelle uma vez que foi eleita em 11 de março de 2014.

Fonte: Burson-Marsteller

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