As lojas de aplicativos móveis terão mais de 45,6 bilhões de downloads este ano. Entre todos os downloads a serem realizados até o final de 2012, 90% serão de aplicativos gratuitos e eles responderão por um volume equivalente a 40,1 bilhões. A projeção é do Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, que promoverá em São Paulo um dos maiores eventos de TI do mundo: o Symposium ITxpo 2012, que de 29 a 31 de outubro antecipará tendências do mercado de tecnologia.
Do total de aplicativos adquiridos, 90% dos aplicativos pagos custam menos de US$ 3. Os programas que custam entre US$ 0,99 e US$ 2,99 responderão por 87,5% do total de downloads pagos, em 2012, e 96%, em 2016.
A expectativa é de que, em 2012, só a loja de aplicativos da Apple tenha mais que 21 bilhões de downloads, um crescimento de 74% em relação ao ano anterior. Isto indica uma forte demanda pelos Apps móveis. A participação de mercado da Apple é a maior, considerando que sua loja responde por 25% dos aplicativos disponíveis. O número de aplicativos existentes é influenciado pelo número crescente de lojas no mercado. Isto inclui proprietários de plataformas, fornecedores de aparelhos, de serviços de comunicação e outros. Estas lojas terão um aumento em suas fatias de mercado, mas sua demanda total ainda será dominada por Apple, Google e Microsoft.
Além de algumas lojas grandes de Apps de fornecedores de sistemas operacionais (como Apple App Store, Google Play e Microsoft Windows Phone Marketplace), o Gartner afirma que há lojas terceirizadas que atraem usuários com suas marcas para aproveitar a falta de players dominantes em alguns mercados.
A Amazon, por exemplo, tem apelo por sua forte marca, presença global e boa seleção de conteúdo de alta qualidade, enquanto o Facebook lançou, recentemente, seu App Center (para dispositivos móveis e desktops) e deve se tornar um importante concorrente, devido a sua forte marca e liderança em redes sociais e jogos.
A venda de conteúdos pelos aplicativos (in-app) é o método mais eficiente de converter os usuários casuais em consumidores e, depois, reter este público por meio de uma boa experiência do usuário e atualizações constantes dos produtos. Esta é uma abordagem diferente daquela em que as pessoas pagavam e baixavam o aplicativo e, ocasionalmente, decepcionavam-se e não utilizavam mais o serviço. O in-app é capaz de abrir oportunidades para um fluxo contínuo de receita para os desenvolvedores de aplicativos. Mas, a performance e o design sempre serão os fatores mais importantes na hora de atrair novos usuários e mantê-los satisfeitos.
Em 2016, o modelo de compra in-app responderá por 41% do faturamento das lojas de aplicativos. Enquanto o mercado se move em direção a Apps gratuitos e de baixo preço, o in-app elevará os downloads e faturamento das lojas de aplicativos. O Gartner espera que o número de downloads deste tipo deva crescer de 5%, em 2011, para 30%, em 2016, e contribua para o aumento do faturamento das lojas de 10% para 41%, no mesmo período. As lojas de aplicativos devem obter o modelo in-app o mais rápido possível, pois será um novo caminho para gerar receita e ajudar a atrair desenvolvedores, provendo fácil acesso a serviços e funcionalidades atualizadas.
Durante o Gartner Symposium ITxpo 2012, analistas especializados em aplicativos comandarão uma vertente dedicada ao tema, com 10 palestras. As inscrições para o evento podem ser feitas pelos telefones (11) 3074-9724 / 3073-0625 ou pelo e-mail brasil@gartner-la-events.com. Até o dia 21 de setembro será concedido desconto especial de R$ 720,00.