Gartner anuncia crescimento de 8,8% no mercado de aplicativos de infraestrutura de middleware em 2014

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O Gartner Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, anuncia que a receita global do Mercado de Software de Aplicativos de Infraestrutura e Middleware (AIM) foi de US$ 23,8 bilhões em 2014, cifra que representa um aumento de 8,8% em comparação com 2013. Segundo o Gartner, o desempenho registrado ajudou o segmento de AIM a superar, em termos de receitas, o mercado global de software empresarial, que cresceu 5,7% de 2013 a 2014, passando de US$ 405,5 bilhões a US$ 428,60 bilhões. Esses e outros dados serão apresentados na Conferência Gartner Business Intelligence, Analytics & Information Management, que acontecerá nos dias 23 e 24 de junho (terça e quarta-feira), no Sheraton São Paulo WTC Hotel.

“Os maiores fornecedores do segmento de AIM estão sendo desafiados cada vez mais por provedores como Salesforce e SAP”, diz Fabrizio Biscotti, Diretor de Pesquisas do Gartner. “À medida que o valor da Nuvem torna-se mais evidente, muitas Plataformas de Serviço (PaaS) como Google, Engine Yard, Informatica e Dell Boomi tornam-se uma ameaça para as empresas já estabelecidas”, afirma o analista. Segundo ele, programas Open Source e provedores Open Core como MuleSoft, Talend e Liferay aumentaram a pressão sobre os fornecedores estabelecidos no mercado. Distribuidores de soluções que se especializaram em áreas de tecnologia específicas, de rápido crescimento (redes de dados na memória e mensagens de baixa latência), por exemplo, também tiveram um impacto semelhante no mercado.

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Em termos de dinâmica, o ranking dos cinco maiores fornecedores mudou após uma década de estabilidade. Em 2014, a Salesforce subiu para a quarta colocação e exibiu o crescimento de receita mais elevado entre as concorrentes, um aumento de 55% em relação ao ano anterior. “Ao longo de 2014, os cinco maiores fornecedores apresentaram desempenhos variados devido à pressão dos provedores especializados, principalmente prestadores PaaS e fornecedores de software de código aberto”, diz o analista do Gartner.

“O papel do segmento AIM como facilitador de arquitetura orientada a serviços está bem estabelecido, e crescendo cada vez mais como uma tecnologia fundamental para dispositivos móveis, Big Data e Analytics, computação in-memory e iniciativas de computação em Nuvem”, acrescenta. “Ele também está se tornando um elemento fundamental para as empresas que adotam a Internet das Coisas com o objetivo da integração universal em mente.”

Ao invés de substituir a tecnologia AIM existente, as organizações estão se concentrando em novos gastos para estender as capacidades de integração por meio da utilização de ofertas de PaaS. O sistema e o AIM fundacional serão substituídos em um ritmo normal de fim de vida útil. Além disso, os fornecedores especializados criaram alternativas baseadas em Nuvem para o Middleware móvel.
“Conforme as organizações crescem, elas precisam aumentar a capacidade do software AIM atual, e será necessário adicionar licenças para executar o software em outros servidores e incluir outros núcleos para lidar com a carga. Essa tendência é o reflexo natural das demandas que ocorrem na infraestrutura de TI organizacional”, diz o analista do Gartner.

“Um número crescente de empresas deseja tornar-se digital”, diz Massimo Pezzini, Vice-Presidente e Membro do Gartner. “Elas estão percebendo que suas infraestruturas de aplicação, criadas (em alguns casos) há mais de 10 anos, não conseguem suportar a demanda de analíticas em tempo real, de agilidade de desenvolvimento, de flexibilidade de implantação e de rápida reconfiguração de redes corporativas, o que é necessário para competir de maneira eficaz na era digital.”

Para corroborar essas exigências, os departamentos de TI precisam atualizar suas infraestruturas de aplicação. Isso pode significar a adição de capacidades necessárias para expandir rapidamente seus sistemas, injetar inteligência operacional em tempo real nos processos de negócios, prestar suporte a análises avançadas e abordagens para integração do tipo “faça você mesmo”.