Por Hederson Albertini
Verdadeiramente estamos vivendo a era dos dados. Nunca se falou tanto neles como ultimamente e, diante desse turbilhão de informações, é fato que a segurança passou a ser uma preocupação cada vez mais frequente das empresas. Apesar disso, muitos ainda não levam a sério esse assunto. A Tempest Security Intelligence ouviu 50 empresas de diferentes segmentos do mercado brasileiro e apurou que para mais da metade, o orçamento em segurança da informação representa até 2% do faturamento anual.
A primeira coisa que precisamos pensar é que, independente de serem pequenas ou grandes, as fraudes provocam perdas financeiras e ameaçam a sustentabilidade de qualquer negócio. E quando olhamos para o Brasil percebemos que neste quesito ainda temos muito o que evoluir: as nossas empresas são as mais impactadas por fraudes, de acordo com um estudo da Relx Group. E entre os golpes mais comuns no mercado estão aqueles relacionados a roubo de identidade, clonagem de cartões e lavagem de dinheiro.
Mas imagina só: Um estudo recente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) revelou que, no último ano, o comércio eletrônico faturou quase R$ 70 bilhões no país, o que representa um crescimento de 15%. Daí já podemos perceber a quantidade de dados trafegados diariamente para que possamos fazer o seguinte questionamento: como conseguimos nos manter protegidos diante desse volume tão grande de informações se não tivermos mecanismos para isso?
Olhando para este cenário, aqui vai a dica de ouro: apostem na tecnologia. Investir em ferramentas, certificados e expertises tecnológicas não é algo que só as grandes companhias têm acesso. Isso é possível para empresas de todos os tamanhos, que nos últimos anos passaram a poder contar, por exemplo, com sistemas de validação cadastral e checagem de identidade de clientes novos e atuais, entre tantas aplicações de prevenção.
Automatizem os setores da empresa. Invistam em bancos de dados atualizados e confiáveis. Busquem certificados de segurança. Procurem por empresas tecnológicas que possam auxiliar nesse processo. Assim, será possível ter mais segurança nos pagamentos, na movimentação de recursos da empresa, no preenchimento de notas fiscais, e até mesmo na consulta de dados cadastrais de funcionários ou fornecedores.
Quando falamos em cibersegurança temos que ter muito claro que isso não é mais um investimento do futuro e jamais deve ser visto como um gasto. Já pensou quanto sua empresa poderá perder caso sofra algum ataque? Podemos ir além: quanto sua companhia está perdendo em vendas por investir em segurança visto que cada vez mais os consumidores estão verificando os certificados antes de efetuarem compras ou passarem seus dados no ambiente virtual?
Para finalizar, fica a reflexão: durante o evento Fortinet CiberSecurity Summit (FCS19) foi revelado que o Brasil sofreu 15 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em apenas três meses. Sua empresa está nesta estimativa ou você já se preparou para garantir credibilidade e segurança no mercado?
Hederson Albertini, co-fundador e CEO da Assertiva, plataforma que utiliza inteligência de dados para prevenção a fraude e apoio nas relações comerciais.