Vivien Mello Suruagy, presidente da Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Redes de Telecom e Informática (Feninfra), salienta que a preservação dos empregos de 500 mil trabalhadores, que seriam demitidos, e a possibilidade da contratação de mais 520 mil pessoas , totalizando 1,02 milhão de postos de trabalho, são as principais consequências positivas da derrubada do veto à desoneração da folha de pagamentos no Congresso Nacional. Para ela, a decisão foi importante no sentido de contribuir para a recuperação da economia, pois os 17 setores contemplados representam parte expressiva do PIB e são geradores de mão de obra intensiva.
“Nossa entidade, por exemplo, é representativa de 137 mil empresas, que empregam 2,2 milhões de trabalhadores”, salienta Vivien, ponderando que a crise da Covid-19 segue grave e com cenários permeados de incertezas, exigindo medidas que possibilitem um mínimo de equilíbrio no fluxo de caixa e previsibilidade. “Prevaleceu o bom senso na avaliação da matéria pelo Parlamento, pois a oneração da folha seria um ônus que causaria imensa dificuldade e provocaria um agravamento do desemprego, cujas taxas já são alarmantes no País”.
A dirigente explica que a pandemia gerou um aumento da demanda por serviços de internet e TI, com milhões de pessoas trabalhando em home office e crescimento de compras, eventos e transações on-line, além das aulas remotas adotadas em todos os níveis do ensino público e privado. “Cresceram os serviços, mas também a inadimplência, criando-se um descompasso no custeio e fluxo de caixa das empresas do setor, que não terão como arcar com os ônus relativos à oneração da folha”, pondera.
— Sem a desoneração da folha, o setor precisaria demitir 500 mil trabalhadores em 2021. Com a desoneração mantida, além de preservar esses postos, pode abrir outras 520 mil vagas — diz.
