Fintech insere universitários ao ecossistema de inovação em iniciativa do BC

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Com a missão de viabilizar câmbio justo para todos, a fintech TransferHub (www.transferhub.com.br), ingressou este ano no LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras Tecnológicas), coordenado pelo Banco Central, e foi uma das quatro empresas convidadas a participar do LIFT Learning, projeto da instituição para aproximar o meio acadêmico do ecossistema de inovação. Com formato colaborativo, a iniciativa terá mentorias especializadas e o desenvolvimento de soluções tecnológicas para o mercado financeiro.

“É fundamental envolver os jovens em programas como esse, para que tenham interesse na área, adquiram conhecimento e participem da inovação disruptiva”, diz Rafael Mellem, CEO do TransferHub, que juntamente com N26, Sicoob e bxblue, faz parte da primeira edição do LIFT Learning. Cada um vai propor desafios e liderar um grupo de 10 a 15 alunos — da graduação ao mestrado — na produção de protótipos.

Para os estudantes, é a chance de se aproximarem do universo das startups, com modelos de negócio, técnicas e questões específicas do segmento — que não são ensinados em sala de aula. “É um ciclo de aprendizado virtuoso, com interação de conhecimento e tecnologias e aumento da capacidade produtiva, em progressão crescente”, diz a professora Carla Rocha, coordenadora técnica do LIFT Learning.

Durante os quatro meses de duração do programa, os alunos receberão bolsa de estudos e cada equipe terá o gerenciamento presencial e remoto da empresa orientadora — com profissionais de TI e executivos. “A proposta faz parte da agenda de desenvolvimento BC#, que visa a educação, o fomento à cultura de fintechs e o acesso às tecnologias. O intuito é que seja nacional e recorrente”, adianta o professor Ricardo Fernandes Paixão, gestor acadêmico da iniciativa, que é idealizada também por membros do LIFT, Fenasbac e Banco de Brasília.

Robô otimiza câmbio ao remover fator emocional

O desafio para os integrantes do time do TransferHub será um RoboTrader para operar o fechamento de câmbio Dólar/Real no mercado à vista. Com um sistema autônomo de operações usando algoritmos, a solução vai proporcionar ganho de tempo, independência e maior estabilidade nas taxas. “Ao remover o fator emocional das decisões, o usuário tem mais agilidade, limita os riscos e tem mais chances de aproveitar oportunidades”, diz Mellem. O protótipo resultante será apresentado no evento LIFT Day, em março 2020, em Brasília (DF), e será disponibilizado na fintech como ferramenta para empresas e indivíduos.

Ao mesmo tempo, o TransferHub também está incubado no laboratório de inovações financeiras e tecnológicas do Banco Central, o LIFT, onde está desenvolvendo o protótipo do aplicativo para operações casadas de câmbio voltado a pessoa física. Com mentorias e parceria tecnológica de grandes nomes como IBM, Microsoft, Oracle, AWS e Multiledgers, além do BC e da Fenasbac, a plataforma busca ganhar escala nos negócios. “Entramos de cabeça nesses programas para contribuir com soluções para o sistema financeiro nacional, de modo que o mercado de câmbio seja justo para todos”, diz Mellem.