Com o objetivo de contribuir para o crescimento de startups de base tecnológica no mercado brasileiro e internacional, o FI Group , consultoria multinacional especializada na gestão de incentivos fiscais e financiamento à Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), acaba de anunciar o lançamento do FI Boost, seu novo Programa de Aceleração de Startups. A companhia selecionará cinco startups por edição, que terão a oportunidade de apresentar suas soluções para mais de 15 mil empresas clientes.
O programa do FI Group iniciou-se em 2018, na Espanha, e o Brasil será o próximo país a implementar o projeto, com início a partir de outubro de 2021. De acordo com o PMO do FI Group, Alejandro Trigo, o programa inclui formação e mentoria com duração de cinco meses. Neste período, com o apoio do time de especialistas do FI Group, serão realizados workshops focados nas necessidades de cada startup. “Além de contribuir para o desenvolvimento de soluções tecnológicas de última geração, nosso intuito é fomentar a inovação e apoiar empreendedores, para que tragam os melhores indicadores do mercado referentes a PD&I, explica Trigo.
Fomentando a inovação nas startups
Dentre os benefícios do FI Boost, destacam-se a elaboração gratuita de um estudo de financiamento público por parte do FI Group, mentoria personalizada, além da possibilidade de contar com especialistas da companhia dispostos a aprofundar os principais âmbitos de interesse da startup.
O projeto garante ainda mais networking, uma vez que viabiliza a exposição de projetos nos estandes do FI Boost, possibilidade de investimentos e acesso aos investidores externos. Além disso, o novo programa promove acesso a espaço de trabalho e salas de reuniões nos 38 escritórios do FI Group distribuídos em 13 países e 3 continentes. “Queremos formar uma grande comunidade colaborativa, o “FI Boost Community” e impulsionar cada vez mais o ecossistema das startups”, reforça Trigo.
Mas, como participar?
As startups que contam com base tecnológica, produto, primeiras métricas de clientes, equipe de dedicação exclusiva, modelo de negócio escalável B2B ou B2B2C e ainda, que sejam constituídas no Brasil, podem aderir ao FI Boost. Após avaliar se o perfil da empresa se encaixa nesses requisitos, os próximos passos incluem, a fase convocatória, seguido da seleção, aceleração e, por fim, o Demo Day.
A primeira etapa, convocatória, acontecerá durante os meses de outubro e novembro de 2021. Neste período, poderão ser realizadas as inscrições por meio dos canais oficiais do FI Group. Em seguida, na seleção, dez startups finalistas apresentarão seus projetos no Startup Day, onde o comitê de seleção escolherá as cinco startups que entrarão nesta primeira edição do programa de aceleração.
A etapa de aceleração, ocorrerá entre os meses de fevereiro a julho de 2022. Ao finalizar esta fase, as cinco startups apresentarão seus projetos em um evento para clientes do FI Group, aos investidores e a todo o ecossistema empreendedor.
Sucesso do FI Boost na Espanha
O FI Group sempre buscou apoiar as startups para auxiliá-las no processo de adesão aos incentivos fiscais ou financiamentos públicos, tanto no Brasil, como em outros países. “Nós colaboramos com diversas instituições para realização de eventos e palestras para que elas entendam como está o setor da inovação no Brasil. Entendemos que muitas empresas, podem usufruir de incentivos. Por isso, sabemos que existem muitas linhas que apoiam o investimento às startups e queremos entrar cada vez mais nesse mercado”, relata Trigo.
O programa FI Boost na Espanha já contou com quatro edições e cerca de vinte startups foram selecionadas neste período. Na Espanha, o projeto foi um sucesso. Todas as startups participantes tiveram mentorias de grande valor agregado e o feedback foi surpreendente. A princípio, o programa tem duração de um ano, mas todas optam em continuar a parceria. Isto significa que estamos no caminho certo”, revela. Na Espanha, por meio do programa, o FI Group realizou mais de 500 reuniões com cerca de 200 empresas para que as startups pudessem apresentar seus respectivos produtos.
Desafios das startups no Brasil
Trigo reforça que, mesmo que cada país tenha sua peculiaridade, o Brasil é uma região onde a comunidade de startup está muito bem estruturada e organizada. “Nosso maior desafio no mercado brasileiro é conseguir explicar exatamente o objetivo do nosso programa, que é diferente de outros já existentes no mercado, uma vez que não só aceleramos os processos nas startups com mentorias personalizadas, mas também as conectamos com as empresas”, afirma.
Para Trigo, a inovação nas startups é mandatória. Uma empresa recém-nascida precisa de um diferencial para concorrer com outras que já possuem maior maturidade e reconhecimento no mercado. Sendo assim, o diferencial tecnológico, ou no modelo de negócio, é quase uma obrigação para alcançar sucesso. Adicionalmente, para que as startups estejam bem equiparadas, existem incentivos e financiamentos públicos que podem ser utilizados, como a Lei do Bem , (Lei nº 11.196/05), por exemplo, a qual permite, em função do regime de tributação, que as despesas incorridas para desenvolver as soluções tecnológicas ou as receitas advindas de atividades desenvolvidas para terceiros sejam dedutíveis.
Já a Lei da Informática (conforme as Leis nº 8.248/91 e nº 8.387/91, e suas alterações posteriores, dadas pelo Decreto 5.906/06, Leis nº 10.176/01, nº 13.674/18 e nº 13.969/19), permite investir as obrigações em P&D em fundos de investimento para startups, por meio de entidades como a Bertha Capital, por exemplo. Enquanto isso, os financiamentos públicos, estão mais acessíveis e já existem editais voltados especificamente para startups. “Somos a maior consultoria de inovação do mundo, e constantemente, somos procurados para auxiliar as empresas. Agora, por meio do FI Boost, passamos a oferecer um programa onde poderemos compartilhar toda nossa experiência e apoiar ainda mais o crescimento das startups no país”, finaliza.