A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo acredita que o governo agiu corretamente ao trazer de volta de cinco para dois anos o prazo para a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% para empréstimos no exterior. A FecomercioSP destaca, entretanto, que a ação nada mais é do que a correção de um erro sobre o qual a entidade já havia alertado.
A FecomercioSP explica que tentar reverter a valorização do Real sobre o Dólar com artificialismo, como o governo havia feito, certamente acarretaria em dificuldades quando o mercado resolvesse, por conta própria, inverter essa relação. Exatamente como está acontecendo agora. Diante deste cenário, a moeda americana atingiu a máxima de R$ 2,08 e só não subiu mais devido à intervenções do Banco Central, que passou a ofertar dólares no mercado futuro para reduzir a pressão.
A FecomercioSP espera que o artificialismo não cause outras surpresas desagradáveis, como a elevação do Índice Geral de Preços (IGP), que já se provou sensível a variação cambial. Como o IGP é o principal indicador para a correção do valor dos contratos de concessionárias e de locação de imóveis, é possível, ainda, que haja uma transferência por indexação para a elevação do nível da inflação no futuro.
Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 153 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.