A tokenização é um dos assuntos em destaque no FEBRABAN TECH 2023, principal evento de tecnologia e inovação do setor financeiro, que será realizado nos dias 27, 28 e 29 de junho, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP). No segundo dia de evento (28), a trilha “A economia tokenizada já é realidade?” abordará o conceito da tecnologia de tokens, casos de uso, regulação, bem como o desenvolvimento do real digital.
O painel “Tokenização na prática: o que muda no dia a dia”, das 11h15 às 12h15, que será moderado pelo superintendente de Relações & Inovações Regulatórias do Itaú Unibanco, Ivo Mósca, terá a participação internacional de Coty de Monteverde, head de Crypto e Blockchain do Santander na Espanha; Fernando Granziera, head de Treasury & Trade Solutions do Citi Brasil; Fabricio Tota, fellow e diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin; e Cristiano Valverde, head de Web3 da Foursys.
Já o painel “A criptoeconomia e os ativos digitais em um mercado regulado”, das 14h30 às 15h25, reunirá Andre Portilho, sócio e head de Digital Assets do BTG Pactual; João Carlos de Andrade Uzeda Accioly, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Antonio Marcos Guimarães, consultor no Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil; e Isac Costa, sócio de Warde Advogados e professor do Ibmec e do Insper.
O termo tokenizaçãoainda é pouco familiar para diversas pessoas. Tokenizar é transformar um ativo qualquer em uma representação digital, ou seja, que só existe no meio eletrônico.
Pense em um avião mudando seu motor enquanto voa. Agora, pense que partes desse avião também estão sendo construídas em pleno voo. Da mesma forma, na tokenização da economia global, cada passo do caminho pode -e vai- influenciar o destino final. A conversão de todos os ativos líquidos e ilíquidos em tokens (ativos digitais) é uma nova abordagem no mercado financeiro. Ela pode gerar mais liquidez, inclusão, eficiência, novos mercados e abrir fronteiras? Diante da oportunidade, como devemos nos preparar para os desafios? Como está o mapa da tokenização no Brasil e no mundo? O que pode mudar no dia a dia das instituições e seus clientes?
Estas e outras questões serão respondidas durante os painéis.
Real Digital põe o Brasil no mapa das tokenizações
Há uma crescente atenção do sistema financeiro em relação às moedas digitais emitidas por bancos centrais, as CBDCs, do inglês, Central Bank Digital Currency. O mapa interativo CBDC Tracker, criado pelo Atlantic Council, identifica mais de 110 países (95% do PIB global), explorando a criação das CBDCs, entre eles o Brasil. Mais da metade ainda está em fase de pesquisa ou desenvolvimento, mas 11 deles já lançaram suas moedas digitais e 15 estão em projeto-piloto.
Por aqui, a discussão tem evoluído especialmente em torno da necessidade de conciliar ampla variedade de casos de usos do real digital aos arranjos institucionais em vigor no país e às tecnologias disponíveis para sua implementação. O BC já está testando seu projeto-piloto do real digital, em paralelo às iniciativas de tokenização da economia.
O que podemos aprender com as experiências em andamento? Que inovações nos serviços financeiros podem nascer com a nova moeda? Quais são os desafios? Esses questionamentos poderão ser explorados durante o painel “Real digital e o Brasil no mapa das tokenizações”, no dia 28 de junho, das 15h40 às 16h35.
O painel contará com a participação de Larissa Moreira, coordenadora para CBDC e Crypto do Itaú Unibanco; Jayme Chataque de Moraes, Sr Head de Ativos Digitais e Blockchain do Santander Brasil; Thamilla Talarico, sócia-líder de Blockchain e Cripto da EY Brasil; Fabio Araújo, economista do Banco Central; e Leandro Vilain, partner da Prática de Finance Service da Oliver Wyman Brasil. A moderação será de João Borges, diretor de Comunicação, Marketi ng, Mídias Sociais e Eventos da Febraban.
Temas 2023
O Febraban Tech 2023 terá debates sobre Open Finance, Meios de Pagamento, Inteligência Artificial e IA generativa, Economia Tokenizada, Dados, Metaverso e Web3, Nuvem, Cibersegurança, Internet das Coisas, 5G, Fintechs, bem como os aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG). As trilhas de conteúdo são:
- A escalada do open finance, Pix e os serviços agregados
- Economia tokenizada já é realidade?
- Os dados e a inteligência escalável
- Web3 e metaverso na prática e sem hype
- Nuvem coloca futuro em movimento
- A IA generativa e a (re)conquista do cliente
- Resiliência cibernética garante confiança digital
- IoT e 5G expandem e conectam mercados
- ESG direciona sociedade inclusiva, diversa e sustentável
- Cross Industry: a inovação além do setor financeiro
- Fintechs, parcerias e o novo cenário de negócios
Além dos debates divididos em mais de 100 painéis de conteúdo e em 8 auditórios/palcos, o Febraban Tech 2023 ainda reúne as empresas mais inovadoras do mundo, que trazem os principais produtos e serviços voltados ao setor financeiro para o presente e futuro da sociedade digital.
33 anos de inovação
O evento ganhou, em 2022, um novo nome e uma nova marca: FEBRABAN TECH, que mantém a missão de contribuir para a evolução contínua do setor financeiro e a inserção de todos estes ativos em prol da sociedade.
Na última edição, com tema central “A Nova Realidade Global e a Transformação Acelerada”, o congresso foi realizado na Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera, e recebeu mais de 25 mil visitantes ao longo dos três dias no mês de agosto.
A edição de 2022, em um formato renovado, marcou a volta do evento presencial e reuniu 156 patrocinadores e expositores, e mais de 200 palestrantes em 81 painéis de conteúdo. Outra novidade foi a adoção, pela primeira vez, do formato híbrido, com transmissões de painéis ao vivo e abertos ao público na plataforma.
Para 2023, o evento terá número recorde de áreas de exposição (186), sendo que todas já foram reservadas. As cotas de patrocínios estão praticamente esgotadas desde o lançamento do evento, em novembro de 2022.