Faculdadde substitui monografia por criação de startups em trabalho de conclusão de curso

Compartilhar

ba4f0db5-4000-4127-baf6-f396c46b08fc

Na faculdade de tecnologia FIAP, as monografias esquecidas nas prateleiras das bibliotecas já ficaram no passado. A instituição aposta na criação de startups para a conclusão dos cursos de graduação e MBA. Os estudantes desenvolvem um plano de negócio para a startup que criam durante as aulas, com mentoria dos professores, e os melhores projetos são apresentados a investidores e aceleradoras. A ideia é colocar em prática várias soluções para problemas reais, aplicando o conhecimento técnico de cada curso. Os vencedores ainda ganham um curso intensivo na Babson College, considerada uma das melhores escolas de empreendedorismo do mundo, em Massachuetts (EUA).

Muitas pessoas estão querendo tirar do papel a sua ideia, com vontade de ser empreendedor e colocar na prática. Só que a verdade é que muitos não têm tempo e suporte profissional. O que a FIAP está disponibilizando para eles não é só o tempo, mas também um suporte técnico. Temos uma equipe de empreendedorismo, professores com experiência neste assunto que os apoiam para transformar os projetos de startups em uma coisa real” explicou o diretor acadêmico da pós-graduação da FIAP, Eduardo Endo.

Depois de ser avaliados por uma banca formada por empresários, investidores, parceiros e convidados, dez grupos finalistas apresentam pitchs no evento de encerramento. Em 15 de dezembro, aconteceu a cerimônia dos grupos de MBA, no Museu de Arte Moderna (MAM). Os estudantes tiveram 2 minutos para apresentar seus pitchs aos convidados. No final, foram anunciados os três grupos vencedores. Conheça os projetos:

LeBraile

O Lebraile é um equipamento móvel desenvolvido para deficientes visuais criado pelos alunos Cristiano de Moraes e Paulo Eduardo Santos Porto, do curso de MBA em Desenvolvimento de Aplicações JAVA-SOA. Através de pequenos itens que sobem e descem, o dispositivo permite ao deficiente visual sentir a letra braile por meio do tato. “O tato do deficiente visual é muito sensível, então o equipamento não precisa ser muito grande. Hoje, os dispositivos que existem não são móveis, são grandes e pesados. Então, o deficiente visual não pode contar com ele no transporte público, por exemplo, ou em uma clínica médica” explica o integrante do grupo Paulo Eduardo. Um portal na web vai estar conectado ao aparelho e tudo o que estiver assinado nele será traduzido automaticamente, como textos e legendas de filmes. “Vai poder ser utilizado em cinemas e em qualquer lugar que existir um deficiente visual com a necessidade de leitura” conclui Cristiano. O dispositivo utiliza componentes de IOT e o projeto foi desenvolvido dentro do Maker Lab da FIAP – laboratório de tecnologia. A startup já possui protótipo funcionando.

NXT – Baladas e Bares

A startup desenvolvida por Guilherme Rocha Nazaré da Silva, do curso de MBA em Arquitetura de Soluções, conecta estabelecimentos aos usuários com interesses semelhantes. “É um aplicativo para baladas e bares, que une as pessoas com os mesmos interesses e possibilita a reserva de camarotes, compra de ingressos e conhecer pessoas diferentes. O nosso objetivo é cuidar de toda a sua vida noturna no aplicativo. O NXT já este no ar, pronto para ser baixado nas lojas para Android ou IOS” explica Guilherme. O estudante também ressalta como é a experiência de criar uma startup “Empreender tem sido algo muito gratificante, unir as coisas que gosto de fazer no trabalho é muito bom e desafiador. Estamos só começando”.

Imagine

O Imagine é um aplicativo educativo criado pelos alunos de MBA em Big Data, Kauê Pinheiro, Murilo de Oliveira, Rodrigo de Oliveira e Wellington Hideki, que permite que crianças criem suas próprias histórias. “Para crianças já alfabetizadas e com amplo vocabulário, as mesmas vão escrever a história e o aplicativo criará imagens a partir de suas palavras. Ela também será guiada com dicas para criar uma narrativa. Já as crianças não alfabetizadas vão escolher o rumo da história a partir de imagens. Elas definem o enredo e final da história” explica o integrante do grupo, Wellington Hideki. Os pais terão um feedback do comportamento dos filhos no aplicativo que será analisado por um psicopedagogo. “O objetivo da análise é identificar se a criança sofre algum tipo de bullying, dentre outros problemas e psicológicos, e avaliar o desenvolvimento intelectual das mesmas” conclui Wellington.