A Zavii já lançou fintech e healthtech e se prepara para apresentar um novo negócio no setor de consumo.
Criar startups do zero, com operação estruturada e estratégia de saída clara: essa é a proposta da Zavii Venture Builder , empresa que está movimentando o ecossistema de inovação brasileiro ao unir capital, know-how operacional e tecnologia desde o nascimento dos negócios. Fundada há um ano e meio por três nomes com passagem pela XP Inc., a Zavii já anunciou mais de R$ 10 milhões e lançou startups como a fintech Judbank e a healthtech Savia .
Com um modelo diferente de fundos de capital de risco e aceleradores, a empresa atua como cofundadora dos negócios que desenvolve, participando da concepção, financiamento, estruturação e operação . O objetivo é formar empresas mais robustas, com visão de longo prazo e foco em fusões e aquisições (M&A) – uma alternativa cada vez mais relevante diante da estagnação de IPOs no país.
“Somos empreendedores antes de sermos investidores. Não estamos apenas alocando capital, estamos construindo negócios desde uma base, com visão estratégica, operação estruturada e crescimento sustentável. Acreditamos que o verdadeiro valor de uma startup não está em rodadas de investimento bilionárias, mas na solidez do negócio, na capacidade de gerar reais e no impacto que causa no resultados de mercado. Nosso modelo nos permite influenciar na operação, trazendo e riscos aumentando a previsibilidade do crescimento, sempre com uma abordagem pragmática e orientada à. O objetivo não é apenas empresas, e sim criar negócios viáveis, eficientes e com estratégia clara de saída”, ressalta Renan Georges, Fundador e CEO da Zavii.
Quem está por trás do Zavii
Renan é um empreendedor em série que vendeu sua startup, a Fliper, para a XP em 2020. Foi nesse contexto que conheceu os outros dois sócios: Victor Ramos , especialista em tecnologia, e Sérgio Gwercman, ex-CEO do InfoMoney e ex-sócio da XP. A conexão entre os três veio da integração da Fliper com o InfoMoney, onde atuaram juntos e vislumbraram a possibilidade de continuar empreendendo em sociedade.
A jornada conjunta realizada na criação da Zavii, que aposta em investimentos iniciais entre R$ 150 mil e R$ 500 mil em cada novo negócio, seguidos por rodadas específicas conforme a maturação das startups. A fintech Judbank mira soluções para o setor jurídico; já a Savia desenvolve soluções para originação e retenção de clientes para farmácias . Um terceiro negócio, que já foi lançado, será divulgado nos próximos meses. Até o fim do ano, a empresa pretende lançar mais 1 startup e tem buscado oportunidades nos setores agrotech e legaltech.
Além da frente de venture building, a empresa também opera o Zavii 360 , um braço de consultoria para PMEs que desejam aplicar métodos ágeis e lógicos de startups em sua gestão.
Foco em M&A como estratégia de saída
O posicionamento da Zavii responde diretamente ao cenário macroeconômico do Brasil. Com altos juros e a janela de IPOs praticamente fechada, o M&A vem se consolidando como principal via de monetização para investidores. Só no segundo semestre de 2024, segundo a KPMG, houve um aumento de 17% no volume de fusões e aquisições no país.
“Nós enxergamos uma oportunidade de atuar no mercado usando uma fórmula própria. Assumir o M&A como parte relevante da estratégia impacta a escolha dos mercados onde queremos atuar, o tipo de solução que construímos e também a calibração do retorno esperado”, afirma Sérgio Gwercman, sócio da Zavii.
A tese da empresa parte da adaptação do modelo tradicional de venture capital à realidade brasileira, onde há poucos IPOs e 98% das fusões e aquisições giraram abaixo de R$ 200 milhões. Para capturar valor nesse cenário, os fundadores cofundam startups com especialistas no nicho de atuação — o que aumenta as chances de product-market fit —, participam com participação relevante (~40%, vs ~20% de um VC tradicional) e aplicam a metodologia de gestão para reduzir riscos e acelerar a escala. Com essa abordagem, procura saídas em prazos mais curtos (~5 anos), explorando o conceito de saída antecipada, o que permite atingir uma TIR atrativa sem depender de unicórnios. Em tecnologia, por exemplo, uma saída de R$ 200 milhões pode ser um progresso com um faturamento de R$ 40 milhões/ano.
Arquitetura digital desde o dia 1
Por trás da estratégia de negócios está a arquitetura tecnológica que sustenta os produtos desde o início. “A tecnologia não é apenas um meio, é a espinha dorsal de negócios escaláveis e sustentáveis. Construímos startups com uma arquitetura digital pensada desde o primeiro dia para suportar crescimento acelerado, eficiência operacional e inovação contínua. Nosso papel vai além de desenvolver produtos – criamos ecossistemas tecnológicos que destravam valor e transformam empresas em players de alta performance. A nossa abordagem tem visão estratégica e execução eficaz para garantir que cada startup nasça pronta para escalar e liderar.” – finaliza Victor Ramos, CPTO da Zavii.
Com essa abordagem, a Zavii quer se posicionar como uma das principais construtoras de empreendimentos do país , oferecendo uma alternativa mais prática e voltada para a execução tanto para empreendedores quanto para investidores.
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