Conforme avaliação preliminar da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), a demanda pelo aluguel diário de veículos durante a primeira fase da Copa do Mundo FIFA 2014 tem sido estimulada, predominantemente, por turistas brasileiros. A demanda de estrangeiros atingiu somente 10% do total de automóveis alugados entre os dias 12 e 15 de junho, os primeiros quatro dias de disputa da competição.
Segundo Paulo Nemer, presidente do Conselho Nacional da ABLA, a maior parte da demanda tem sido de brasileiros que vivem no Exterior e, em função da Copa, anteciparam suas viagens anuais ao Brasil. “Viagens normalmente feitas na época de final de ano, Natal, Ano Novo, foram feitas já para aproveitar o período de Copa”, explica Nemer. “O setor também tem sentido procura por parte de turistas brasileiros que vivem nas cidades do interior, para se locomoverem até as Capitais em que estão ocorrendo os jogos”.
No caso do setor de locação, as empresas locadoras que trabalham nas cidades-sede têm verificado “picos” de demanda, que elevam as locações pontualmente, em média, para 70% a 90% da ocupação da frota total disponível para o aluguel diário. “Esperamos que picos de mais 90% de ocupação da frota ocorram a partir das oitavas de final, especificamente nas cidades em que haverá jogos”, completa Paulo Nemer.
A elevação de demanda por automóveis alugados por dia, nas cidades-sede dos jogos em função da Copa, cresceu em média entre 15% e 20%. “Insuficiente para compensar a retração dessa mesma demanda, que nos anos anteriores, nesse mês de junho, normalmente ocorre em função do chamado turismo de negócios”, diz Nemer.
As feiras de negócios, os eventos, as convenções e grandes reuniões corporativas que normalmente ocorrem nessa época do ano, não estão ocorrendo. “Somadas a isso, as próprias viagens de férias dentro do Brasil, normalmente feitas por brasileiros em família durante o mês de julho, também deverão ocorrer em menor número por causa da Copa”, acrescenta o presidente do Conselho Nacional da ABLA.
Paulo Nemer explica que o setor não esperava decréscimo, e sim acréscimo, no volume de negócios do setor como um todo, assim como um aquecimento da economia durante a Copa. “Porém, não é isso que está ocorrendo na prática, não apenas com consequências para o nosso setor, mas cremos que com consequências semelhantes para a maior parte da cadeia produtiva”, completa ele.