Escuta ativa ajuda líderes durante a pandemia

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Com a pandemia da covid-19, as grandes companhias precisaram se adaptar de várias maneiras. Além do já conhecido home office, as empresas precisam preparar e apoiar seus colaboradores para esse novo momento, em especial os líderes, que têm papel central no direcionamento das equipes.

É preciso mais que capacitação, segundo o gerente executivo da empresa especializada em recrutamento, a Page Group no Brasil, Thiago Gaudêncio. Ele foi o facilitador do evento online promovido pela Amcham Curitiba sobre ‘‘Habilidades do Profissional do Futuro’’ que aconteceu no último dia 12. ‘‘Não existe um conhecimento acadêmico pronto que a gente pode aplicar. Os líderes estão aprendendo com essa pandemia, assim como os colaboradores, porque a gente não viveu isso nos últimos 100 anos. É preciso aprender a como lidar na prática, no dia a dia. E uma das soluções que tem ajudado e muito nesse momento é a escuta ativa – técnica utilizada para ouvir e compreender atentamente o interlocutor, não só com o ouvido e sim com todos os sentidos’’, diz.

Sobre as habilidades do novo profissional, Gaudêncio explica que o líder tradicional já não tem mais lugar no novo mercado. ‘‘As empresas com boas lideranças são as que têm feito a diferença nesse momento. O que não cabe agora é aquele sujeito de terno e gravata fingindo que está tudo bem e que nada mudou. As próximas gerações de líderes precisam de uma liderança transformacional, que esteja disposta a se reinventar, a aprender, que escute, que fale, que encoraje e que engaje’’, conclui.

Aprender a fazer junto

Apesar disso, de acordo com dados da Page Group no Brasil, 80% das empresas do país ainda não acreditam que suas lideranças estejam prontas para essa grande transformação. Por esse motivo, é preciso mudar os hábitos de líderes considerados tradicionais. ‘‘A partir de agora é preciso mostrar como fazer e fazer junto, para que todo mundo saiba o que fazer e como fazer. O que não cabe agora é aquele líder distante de seu time’’, declara Gaudêncio.

Segundo ele, ao contrário do que esses líderes têm pensado, as empresas vão continuar medindo o próprio desempenho e de seus colaboradores, mesmo que remotamente. ‘‘A performance não deixa de ser medida, mas agora é medida de maneira diferente’’, conclui.