Reunidas na sede da Fiesp, cerca de 300 federações, associações e outras entidades que representam milhares de empresas e milhões de trabalhadores decidiram por unanimidade encampar a bandeira do Impeachment Já!
Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, explicou em entrevista coletiva depois da reunião que a presidente Dilma Rousseff não parece inclinada à renúncia, que seria a forma mais rápida de resolver a questão política que trava a economia. Por isso o impeachment passou a ser a opção prioritária, disse, lembrando que horas antes havia sido instalada a comissão que vai analisar o processo.
“A bandeira de todos nós, ontem, era renúncia já”, disse Skaf, “mas a presidente não renunciou e não sinaliza vontade de renunciar. Hoje é Impeachment Já!”
Skaf anunciou também que todos concordaram em atuar junto às bancadas de deputados federais e senadores e aos governadores de seus respectivos Estados, para dar celeridade ao processo de impeachment. “Todos aqui irão se concentrar em conscientizar os parlamentares que a sociedade quer uma mudança, quer o impedimento da senhora presidente da República”, disse Skaf. Para ele, O governo brasileiro não está trabalhando para a Nação, “está trabalhando para se sustentar, para se segurar no poder”.
“Todas as entidades, todas as assembleias sindicais que aqui estão, todos os movimentos de rua, todas as entidades da agricultura, do serviço, do comércio, da indústria, as associações, as federações, os sindicatos, todos que estão aqui envolvidos, muitos que não estão aqui presencialmente, mas estão conosco, estarão se concentrando no Congresso Nacional nos próximos dias para conscientizar os deputados”, disse Skaf.
O presidente da Fiesp e do Ciesp lembrou que os deputados precisam representar o povo que os elegeu. “Como os senadores, que da mesma forma tiveram um voto de confiança da sociedade, do povo brasileiro” disse Skaf, os deputados devem fazer com que “o mais rapidamente possível haja o impeachment da presidente, para que a gente possa ter um novo cenário, uma oxigenação”.
“Pelo conjunto de fatos ocorridos ao longo desses meses – quase todos os dias fatos acontecem -, a gente já teria o suficiente para uma mudança no governo”, avaliou.
“O fundamental é que a sociedade está unida agora no objetivo do impeachment, estará junta em seguida no momento da mudança para discutir um plano para ajudar o governo que virá, para que a gente saia rapidamente desta crise econômica, para que rapidamente a gente possa voltar aos investimentos, à geração de empregos, ao empreendedorismo, ao fortalecimento das empresas, de todos os setores brasileiros, dos serviços.”