A Enghouse Systems Limited (TSX:ENGH) anuncia a aquisição da Mobi All Tecnologia S.A. (“Navita”), fornecedora de soluções de gerenciamento de mobilidade empresarial baseadas em SaaS (gerenciamento de despesas de telecomunicações e dispositivos “EMM”), localizada em São Paulo. A receita anual da Navita é de aproximadamente US$ 7,5 milhões. A negociação foi assessorada pela Olimpia Partners, e a Stark, primeiro Investment Banking Digital do Brasil, acompanhou as negociações representando os fundadores.
A Navita oferece um conjunto abrangente de produtos focados no gerenciamento e controle de ativos móveis críticos, bem como no gerenciamento de despesas de telecomunicações e TI. As soluções incluem Telecom Expense Management (TEM) para controlar e otimizar despesas de telecomunicações; Enterprise Mobility Management (EMM), para conectar dispositivos móveis a fluxos de trabalho/controles corporativos; e IT Expense Management (ITEM), para gerenciar e otimizar despesas corporativas de TI. As soluções garantem o uso compatível de ativos móveis por seus usuários de acordo com as políticas internas de governança dos clientes, que estão em países da Europa e Austrália. Os produtos são vendidos diretamente para grandes empresas e indiretamente, por meio de alguns dos principais provedores de telecomunicações e fabricantes de hardware no Brasil para seus clientes empresariais e agências governamentais.
A empresa foi fundada pelos empreendedores Roberto Dariva e Fabio Nunes, em janeiro de 2003, inicialmente fornecendo um software para gerenciamento de conteúdo, que depois evoluiu para criação de portais na internet. “Começamos vendendo o Navita Portal para grandes empresas, depois entramos na mobilidade com a chegada da BlackBerry no Brasil. Acabamos vendendo a unidade de Portais para uma empresa da Espanha para focar na gestão de dispositivos móveis. Aí percebemos a sinergia entre mobilidade e gestão de gastos de Telecom, compramos uma empresa de TEM e começamos a vender essas soluções via as operadoras de telefonia”, recorda Dariva.
Após mudanças no mercado, com o surgimento de novas tecnologias na telefonia móvel, a Navita recebeu investimento da InvesTech, em 2009, que foi direcionado a implementar mais o software de gestão de mobilidade, migrando para os sistemas da Apple e Android. A segunda rodada de investimento foi em 2014, com a Intel Capital e DLM, quando foi criada a solução MDM própria da Navita, expandindo para outros países da Europa, em parceria com a Telefonica Global Solutions.
Em 2018, a Oria se consolidou como único fundo de investimento sócio da Navita, por meio da compra das ações da Invest Tech e da Intel Capital. “Já estávamos pensando em deixar que os acionistas tomassem as decisões da empresa, por isso começamos a nos preparar para nosso exit”, afirma Nunes.
Chegando ao exit
Partindo para um novo momento, agora os sócios fundadores venderam 100% de suas ações para a Enghouse, assessorados pela Stark, declarando ser um bom momento para que a empresa consiga crescer ainda mais em nível global. “É a oportunidade perfeita para a empresa acelerar em outros países”, ressalta Dariva.
“Fundamos a empresa há 20 anos, quando o mercado era outro. Continuamos inovando sempre, pois senão a Navita já nem existiria mais se não tivéssemos essa visão. Agora a Navita está bem consolidada no Brasil, com uma marca forte. E do outro lado vimos a Enghouse querendo fortalecer sua presença no Brasil. Portanto foi a união perfeita”, complementa Nunes.
“Os produtos da Navita têm forte presença no mercado brasileiro”, diz Steve Sadler, presidente e CEO da Enghouse. “Pretendemos buscar a expansão desse negócio por meio dos relacionamentos existentes e novos da Enghouse com outros provedores de serviços de telecomunicações e outros parceiros. É com grande satisfação que recebemos os clientes, colaboradores e parceiros da Navita na Enghouse.”
Apoio de advisor
A Stark, primeiro Investment Banking (IB) Digital do Brasil, assessorou os fundadores na operação de M&A. Os sócios fundadores da Navita já tinham uma relação de anos com a Stark, com outras rodadas de captação e inclusive um exit bem-sucedido feito com a empresa Equilibrium, de Fabio Nunes, que foi adquirida pelo Grupo O Boticário.
“A Stark nos deu todo o suporte para conseguirmos negociar bem nossa posição acionária, incluindo itens mais específicos como cláusula de non compete, entre outros aspectos. Nosso objetivo sempre foi fazer um bom negócio com a Navita, tendo nossos direitos preservados. E no fim tudo se encaixou”, afirma Nunes. “Ter o apoio da Stark foi essencial, pois sabemos que estamos deixando a empresa em boas mãos, para viver um novo momento no mercado”, finaliza Dariva.