Por Francisco Munhoz
É impensável, hoje em dia, qualquer operação de negócio nas empresas que não esteja minimamente relacionada à tecnologia. A forte relação de dependência trouxe melhorias incontáveis, mas também uma questão inquietante: até que ponto as empresas estão preparadas para enfrentar eventualidades e interrupções não planejadas sem que isso coloque em xeque a operação do negócio corporativo e o faturamento da empresa?
Com a facilidade de produzir e compartilhar informações, as empresas estão cada vez mais vulneráveis a vazamentos e perdas de dados. Por parte dos funcionários, é comum comportamentos que colocam em risco os dados e ativos da empresa, como baixar aplicativos não-autorizados, fazer download de músicas, compartilhar senhas, utilizar o computador para acesso a e-mails pessoais.
Por parte das empresas, a gestão da segurança da informação também é precária. Os erros mais comuns são a falta de backup, servidor mantido dentro das instalações físicas da empresa e não na “nuvem”, desproteção da rede wi-fi ou uso de senhas frágeis, como “senha123”.
A falta de investimentos em tecnologia e de uma política de segurança da informação pode colocar em xeque as operações e o faturamento da empresa. Soluções técnicas, que permitem a recuperação de sistemas informatizados, de forma a assegurar que, diante de uma eventualidade, a condição operacional de uma empresa seja restabelecida em um prazo aceitável a suas funções de negócios estão disponíveis no mercado e não podem ser negligenciadas.
Essas soluções levam em conta uma análise de riscos inerentes à própria atividade e a riscos internos, como um curto-circuito, ou externos, a exemplo de distúrbios cíveis, acidentes, alagamentos. A partir disso, avalia-se a probabilidade de ocorrência de um evento inesperado e a vulnerabilidade da empresa. Só então, de forma customizada e de acordo com o tamanho do negócio, são oferecidas soluções preventivas, como um Plano de Continuidade de Negócios (PCN) ou de Recuperação de Desastres, que prevê a sobrevivência às interrupções ou falhas.
O empreendedor não pode tratar a segurança da informação sem o profissionalismo necessário. Afinal, ela representa a própria sobrevivência do negócio. O processo de planejamento e a elaboração de um plano contingencial para evitar prejuízos decorrentes de um incidente inesperado minimizam as perdas e podem ser a diferença entre continuar no mercado ou não.
Francisco Munhoz, consultor da ENW, empresa que oferece o serviço de PCN na cidade de Manaus.