Mesmo com um cenário econômico ainda incerto no Brasil e no mundo, a Pesquisa de Expectativa de Emprego – Q2 2023, estudo exclusivo e preditivo desenvolvido trimestralmente pelo ManpowerGroup, revela uma alta na intenção de contratações no âmbito nacional e global para o 2° trimestre do ano.
O levantamento mostra que, embora a expectativa de emprego no Brasil para o período — calculada subtraindo-se empregadores que planejam fazer reduções na equipe daqueles que planejam contratar — tenha reduzido 5 pontos percentuais em comparação com o trimestre anterior (indo de +26% para +21%), a porcentagem de empregadores que planejam contratar aumentou de 42% (trimestre anterior) para 46% (atual).
Entre os setores com maior demanda de posições no país estão os de TI (41% das organizações no setor esperam contratar), seguido por Saúde & Ciências da Vida (35%), Finanças e Imobiliário (26%) e Transporte, logística & automotivo (25%). Três das quatro áreas que se destacam no Brasil também apresentam os maiores índices de intenção de contratação em nível global, sendo elas Tecnologia da Informação (34%), seguida por Serviços de Comunicação (30%), Finanças & Imobiliário (29%) e Transporte, logística & automotivo (26%).
Cautela nas micro e pequenas empresas
O estudo também analisou a intenção de contratação por porte de empresas, e nas micro e pequenas há uma maior cautela em comparação com as de maior tamanho. A expectativa de contratação para o trimestre nas microempresas é de 11%, e 15% para as pequenas. Ela melhora apenas nas médias (28%) e nas grandes empresas (30%).
SP e MG são os estados com maior intenção de contratar
O levantamento traz, ainda, a intenção de contratação por regiões do Brasil. O grande destaque positivo ficou para São Paulo, sendo a capital do estado com o melhor índice (32%), acima até mesmo do próprio estado (27%), seguido por Minas Gerais (26%) e outras regiões do país (23%).
“Iniciamos o ano com um cenário de incertezas sobre o comportamento das economias global e nacional. Após o primeiro trimestre, as empresas demonstram entender melhor os efeitos do contexto econômico sobre os seus resultados e possibilidades de contratações. Dentre os setores, o de TI tem claramente demonstrado intenções e necessidades de contratação cada vez maiores. Essa tendência deve seguir, pois a tecnologia se tornou fundamental para todos os negócios, e existe um gap grande de talentos para preencher essas vagas”, destaca Nilson Pereira, Country Manager do ManpowerGroup Brasil.
Panamá, Costa Rica e Guatemala têm maior intenção de contratar
Na análise global do estudo, os empregadores continuam prevendo a contratação de mais trabalhadores no segundo trimestre, relatando uma expectativa líquida de emprego ajustada sazonalmente em +23%, que permanece inalterada em relação ao primeiro trimestre.
Entre os países analisados, as intenções de contratação mais fortes estão no Panamá (+41%), Costa Rica (+38%) e Guatemala (+38%). Já o cenário mais fraco se desenha em especial no leste da Europa, com empregadores na Hungria (+2%), Grécia (+7%) e Polônia (+8%) reportando perspectivas menos otimistas.
Entre as maiores economias do mundo, EUA (+30%), França (+26%), Reino Unido (+21%) e Alemanha (+19%) relatam os índices mais altos de perspectivas positivas de contratação nos próximos meses.
Empregadores das Américas lideram intenções de contratar
No âmbito regional, os empregadores da América do Norte têm as intenções de contratação mais fortes (+30%), seguidos pelas Américas do Sul e Central (+27%) e Ásia-Pacífico (+27%); enquanto as mais fracas intenções de contratação, embora estáveis, estão na Europa, Oriente Médio e África (+18%).
Para ver os resultados completos da Pesquisa de Expectativa de Emprego – Q2 2023, incluindo dados regionais e nacionais, acesse: Link.
A próxima edição da pesquisa será divulgada em junho e reportará as expectativas de contratações para o terceiro trimestre do ano.
Sobre a pesquisa
No Brasil, foram entrevistados 1.020 empregadores. A Expectativa Líquida de Emprego é obtida tomando-se o percentual de empregadores que preveem aumento na atividade de contratação e subtraindo-se dele o percentual de empregadores que esperam uma diminuição na atividade de contratação.