Para multinacional Gemü, presença de profissionais na faixa etária traz ganhos e promove troca de experiências entre as gerações
Desenvolver-se no mercado de trabalho ou realocar-se nele após os 50 anos é um desafio já conhecido. Durante a pandemia, mais de 700 mil profissionais na faixa etária perderam seus empregos, de acordo com registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) — muitos, ainda hoje, seguem em busca de uma nova chance profissional.
Mas a procura esbarra em um cenário preocupante: o mesmo levantamento aponta que cerca de 60% das empresas consideram complexa a contratação de profissionais acima dos 50 anos. Isso acontece por conta de uma espécie de tabus a respeito das competências, habilidades e expectativa de vida do grupo.
Na contramão desse cenário, a Gemü do Brasil conta com funcionários 50+ em diferentes áreas da empresa e enxerga neles um ganho em experiência e conhecimento para toda a empresa. A indústria alemã é uma das principais fabricantes de válvulas para os setores farmacêutico, cosmético, mineração, alimentos e bebidas do mundo.
“Durante os nossos processos seletivos, sempre destacamos que não importa a idade ou o gênero. Para nós é mais valioso que o profissional tenha vontade de somar à empresa, construir resultados e desenvolver novos conhecimentos”, afirma Cintia Cristina Santos Klingbeil, supervisora de Recursos Humanos da Gemü do Brasil.
De acordo com a supervisora, ter profissionais nessa faixa etária traz resultados positivos, uma vez que eles trazem uma rica bagagem de atuação e já chegam com competências desenvolvidas. Além disso, o compartilhamento de experiências entre gerações contribui para o crescimento da organização e para um ambiente de cooperação no dia a dia.
Para Renato Weis, supervisor de TI da Gemü do Brasil aos 60 anos, estar em constante desenvolvimento é uma forma de autocuidado e de vencer o preconceito da maturidade no mercado de trabalho. “O aprendizado com os jovens é uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo, eu posso ensinar novas habilidades e aprender com os mais jovens, o que abre a oportunidade de continuar o meu desenvolvimento profissional”, afirma Renato.
Anos de experiência influenciam de geração em geração
Profissionais experientes influenciam as gerações mais novas e mostram novas perspectivas dentro das empresas. Giovanna Sielsk experimentou isso dentro da própria casa.
Aos 19 anos, a analista de logística na Gemü do Brasil participou de um processo seletivo na mesma empresa em que sua mãe trabalha há 35 anos, mas em outra unidade, na Alemanha, e aproveitou o aprendizado da outra geração para alavancar sua carreira à posição que ocupa hoje. “A imagem de profissional da minha mãe foi muito bem construída, e a empresa teve um papel fundamental por oferecer recursos e oportunidades para que ela desenvolvesse sua própria trajetória profissional. Isso me levou a desejar trilhar o mesmo percurso, valorizar as oportunidades de troca e adquirir conhecimento ao lado de profissionais mais maduros. Hoje, tenho brilho nos olhos para continuar sempre em evolução”, ressalta Giovanna.