Empreendedorismo feminino cresce no Brasil

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A era das startups cresce a cada ano e com ela a integração e liderança das mulheres no mundo dos negócios e no mercado. Os movimentos feministas, que defendem a igualdade de gênero e batalham para reforçar o posicionamento das mulheres no mercado possuem um papel importante para esses resultados. Hoje não é mais um “diferencial” para as empresas permitirem que mulheres sentem nas cadeiras de chefia, que sejam as últimas a “bater o martelo” nas decisões de uma corporação. Negócios originariamente femininos pegaram embalo nesse movimento e caminham a passos largos.

No ano passado, 25% das aberturas de empresas foram feitas por mulheres, enquanto em 2016 esse número era de 18%. O ano de 2019 também revelou um aumento de 7% no empreendedorismo feminino (comparado aos últimos dados de 2016 da Contabilizei, escritório especializado em contabilidade).

Segundo com a Receita Federal, o Brasil teve 2,8 milhões de empresas abertas até a última contagem feita em outubro de 2019, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2018. As empresas abertas no regime MEI (Microempreendedor Individual) aumentaram 23%, com um total de 2,2 milhões, enquanto as não MEI aumentaram 5%, 550 mil registros a mais. A projeção é para que esses dados aumentem, e apesar dessa ser uma área em que os homens são predominantes, o número de mulheres à frente deles aumenta a cada mês.

Para ilustrar alguns exemplos de mulheres que empreenderam no segmento das startups e estão inovando seus mercados estão:

Camila Folkman, co-fundadora da Mindset Ventures, empresa de investimentos de venture capital em startups de Israel e EUA, principalmente aquelas com potencial de operação no Brasil. Atualmente, Folkmann é responsável pela parte de operação, compliance e gestão de fundos da gestora de VC (Venture Capital). A executiva começou sua carreira como advogada empresarial, tendo trabalhado para grandes escritórios que assessoram empresas listadas na Fortune 500 e, posteriormente, para startups no Vale do Silício e fundos de VC brasileiros. Camila é considerada uma das primeiras mulheres brasileiras a fundar uma gestora de capital de risco, além de apoiar iniciativas de diversidade, integrando a “Venture Women Brazil” e participando da maior comunidade global de “Women in VC”.

Deborah Alves é idealizadora da Cuidas, uma startup que conecta empresas a médicos de família no local de trabalho. Única mulher entre os três fundadores, Deborah Alves é, hoje, CTO e cofundadora da Cuidas, startup que tem a finalidade de conectar empresas com médicos de família para atendimentos no próprio local de trabalho. Oferecendo planos mensais, a plataforma oferece maior otimização de tempo e custos mais baixos para as empresas clientes. Em média, são resolvidos 98% dos casos pelos médicos conveniados à plataforma.

Mariana Dias criou a Gupy, startup líder em recrutamento e seleção com base em inteligência artificial no Brasil. Formada em Administração pela USP, Mariana tem especialização em Empreendedorismo e Inovação pela Universidade de Stanford. Começou sua carreira como trainee da Ambev, onde trabalhou por quatro anos e ocupou o cargo de Business Partner para a América Latina. É CEO e fundadora da HRTech Gupy, empresa que fundou em 2015 junto a três amigos. Sua startup torna mais eficiente o recrutamento e melhora a experiência de candidatos, gestores e profissionais da área de RH durante processos seletivos através de inteligência artificial. Com atuação em oito países, a plataforma da Gupy disponibiliza uma triagem de currículos que reduz 70% do tempo de esforço operacional. Por meio de inteligência artificial e machine learning, a HRtech consegue elencar em um ranking os candidatos com melhor perfil para suas vagas.

Renata Horta deu vida à Troposlab, responsável por desenvolver o modelo de negócio e a estrutura organizacional mais adequada para as empresas, liderando e desenvolvendo a equipe, criando produtos e planos pedagógicos e executando estratégias. Renata é bacharel em Psicologia e mestre em Administração, tendo produzido uma dissertação sobre Cultura Organizacional, ambos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Em 2016, Nathália Tavares, que atuava como agente de aceleração da Troposlab desde 2014, foi anunciada como sócia da empresa. Administradora de Empresas e Mestre em Estratégia, Marketing e Inovação, tem experiência de capacitação em grandes empresas, na aceleração de startups e na organização de eventos de empreendedorismo e inovação. É porta-voz e uma das idealizadoras do movimento CareTech.

Cada vez mais exemplos femininos como estes incentivam outras mulheres a fortalecerem e enalteceram suas presenças frente às empresas. Bagagens repletas de experiências profissionais riquíssimas, cheias de personalidade, desafios e resultados inspiradores.