Empreendedoras criam primeira escola de liderança feminina no país

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Mesmo em maior número nas universidades, mulheres recebem salários 23,51% menores que os homens, exercendo as mesmas funções. Nos cargos de gerência, apenas 38% são ocupados por profissionais do gênero feminino, de acordo com a última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A preocupação com essa realidade despertou o interesse das empreendedoras Carine Roos e Amanda Gomes, que, juntas, criaram a primeira escola de liderança feminina do Brasil, a ELAS.

Com quase dois anos, a escola oferece mentorias, workshops, palestras e cursos, que, somente em 2018, impactaram três mil mulheres e certificaram mais de 200 alunas. O objetivo das iniciativas é tornar as participantes mais seguras, confiantes, autossuficientes e empoderadas. Com uma metodologia própria, experiência em equidade de gênero e desenvolvimento comportamental, Carine e Amanda formam mulheres que desejam assumir posições de destaque no mundo corporativo e na sociedade.

“Nós sempre vimos muitas iniciativas de apoio, mas poucas ações práticas capazes de transformar esse cenário”, diz Carine.

No Programa ELAS, que possui 54 horas de duração distribuídas em três módulos, as mulheres trabalham o autoconhecimento, forças e fraquezas e técnicas de negociação e de influência, alinhados aos Sete Princípios do Empoderamento das Mulheres nas Empresas, defendidos pela ONU.

Neste período, as cofundadoras diagnosticam as participantes em três dimensões que podem ser analisadas no término do Programa, mapeando o desenvolvimento e a evolução de cada uma dentro de determinadas competências. “Nós identificamos que nossas alunas finalizam o curso mais ambiciosas para conquistar espaços no mercado de trabalho e cientes de seus valores como pessoa e mulher”, explica Amanda.

Fundada em agosto de 2017, a ELAS já impactou mais de 6 mil mulheres por meio de palestras, imersões e workshops. Também possui 600 alunas certificadas, sendo que 30% delas já foram promovidas ou receberam aumento salarial dentro de seis meses após participarem do Programa ELAS.